terça-feira, 30 de novembro de 2010

TÃO SÓ UMA FRASE - PARTE 13

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"Onde estaria o Comunismo se Marx tivesse ganhado na loteria, sozinho, antes de escrever 'O Capital'?

Falcão

ONE LAÇO, CATORZE ALMAS

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Texto dedicado à formatura do curso de noivos ONE, em 26/11/2010.

Um dia, fomos dois. Um dia, seremos um.

Em 10 de setembro de 2010, entramos por aquele portão sem saber o que nos esperava. Mais uma série de palestras sobre um tema já tão batido, o casamento? Mais uma ambiente em que os casais mostrariam apenas o lado admirável de si, com receio de serem considerados medíocres e pecadores? Mais um programa de igreja, realizado mais por obrigação do que por paixão? Mais um curso, em que se aprendem regras sobre como lidar com o corpo, mas que não fala à alma? Mais um casal de líderes tentando mostrar que é perfeito, a despeito da imperfeição dos outros?

Nada disso.

No caminho até a primeira reunião, os casais cochichávamos dentro dos carros e no ônibus: “Vamos observar se os outros vão se abrir mesmo. Não pretendo expor a minha vida à toa” Mal sabíamos que essa leda impressão seria desfeita em pouco tempo.

Chegamos, nos entreolhamos e pensamos: e agora? A grama verdinha, as cadeiras arrumadas, cartazes coloridos pelas paredes, cadeiras milimetricamente arrumadas, uma mesa organizada com toalha e adereços típicos de quem não fez de qualquer

Começou.

O casal líder, uniformizado e interagindo como que por música, deu início ao ONE com uma oração. Estava feito.

A partir dali, e durante os próximos nove encontros, até mesmo o mais árido coração seria regado, molhado, encharcado de vida, cuidado, dedicação emocional e espiritual, ensino relacional, carinho, apreço e atenção. E até mesmo o mais rígido coração seria abalado em suas estruturas, pois concordando ou esbravejando contra tudo o que vimos e ouvimos aqui, ninguém é capaz de entrar pelos umbrais dessa casa, desse templo, e sair da mesma forma.

Quem éramos nós? Éramos 12.

Em uma ponta do semi-círculo, o primeiro casal: Ela, uma jovem advogada, moça tão chique quanto discreta, disposta a recolher os frutos de tudo do que já viveu e tentar de novo o amor sem reservas, na mesma medida em que se apóia em Cristo para seguir em frente e ser feliz. Ele, alguém que parece ter saído de uma história bíblica. De uma parábola. Um homem sedento de Deus, em plena fase de reconstrução e na escalada de uma caminhada que certamente o levará a muitos topos, em nome do mais novo e maior amor de sua vida: Deus.

Logo ao lado, o segundo casal. Ela, que, embora durante as partilhas, bem que poderia ser chamada de lágrima, era em verdade alguém capaz de agir mais racionalmente que qualquer indivíduo que não chora. Ela era, enfim, uma mulher disposta a tomar grandes e decisivas decisões, se preciso, em nome de um grande e decisivo Deus. E assim fez. Ele, um homem que se dispôs a iniciar um processo sobre o qual nenhum de nós tínhamos certeza a respeito de que mudança seriam orquestradas em nossos “eus”. E aconteceu com eles o melhor que Deus poderia lhes fazer: alertá-los de que era bem melhor que cada um deles continuassem a ser ONE, seguindo cada um por sua própria estrada.

À direita, um casal sobre o qual todos pensamos à primeira vista: quem trouxe esses bebês para cá? O tempo nos mostrou que eles são bem mais maduros que muitos de nós, em diversas questões. Ela, uma garota crente, temente a Deus, que honra os pais e já passou por tremendas experiências, até mesmo encarar a morte de frente. Ele, um jovem ousado, destemido, que parece já ter nascido pronto para a vida, e que vive a expectativa de ser o marido que sua amada sonhou.

O quarto casal é uma prova de que Deus honra a fé e o propósito firme de seus filhos, quando eles, mesmo diante das circunstâncias adversas e do tempo de espera, resolvem acreditar que o amor e o respeito um pelo outro podem, sim, perdurar e até se intensificar com o passar dos anos. Ela, uma linda e cativante mulher, de talentos, habilidades, caráter, e valores raros. Ele, alguém que usufruiu de sentar-se exatamente no meio do semi-circulo, de onde pôde observar o casal líder e todos os noivos e  aprender com a fala e a vida de cada um.

Logo ao lado, o quinto casal. Ela, uma moça tímida, mas precisa em suas poucas palavras e guerreira na postura diante de seus gigantes e batalhas travadas contra eles, que durante os últimos meses abdicou do sono por algumas noites, em prol da construção de um casamento feliz. Ele, um homem que tem aprendido ainda mais a como ser homem de verdade, talvez um dia até entregando uma flor à sua querida. Ou um buquet, quem sabe.

O sexto casal, não podemos negar, é especial. Ela, que carrega música e carisma na veia, reconhece que tem um chamado do qual não pode fugir. Este chamado, tão claro quanto imensurável, talvez tenha ficado mais nítido agora que encontrou seu querido. Ele, que sabe como poucos aonde quer chegar na vida, carrega marcas da existência que são mais que cicatrizes, são sinais de que ainda há homens comissionados a cuidar dos outros, mesmo que por muito tempo não tenha recebido o cuidado que sempre mereceu.

Se é difícil falar sobre o que mais marcou, está indelével em nossa memória que é preciso sermos dois completos, antes de sermos um inteiro; que é necessário resolver o passado e o presente familiar, para que o futuro seja um presente; que é inadiável rever e desfazer os nós dados por nós mesmos tempos atrás, para que, à frente, nosso cônjuge cultive a certeza de quem somos e de quem fomos; que “unir-se” é bem mais que “juntar-se”; que “destino” deveria chamar-se “doistino”, pois cada um de nós é dois, mas seremos um, com o mesmo destino; que intimidade com pureza é solução para o presente, enquanto que intimidade sem pureza é um problema para o futuro; que um lar só é feliz vivendo-se em equipe, e se estivermos em times diferentes, já não poderemos chamar isso de lar; que a mordomia é um privilégio, quando Deus é o bom Senhor; e que nossos recursos só são bem vividos na Terra se eles repercutem no céu.

Se é fácil ainda hoje rir, ou melhor, sorrir do que vivemos juntos, então que ninguém saia por aí de meia furada, ou então falando um pedaço da meia, para não experimentar a unção do cutucão, pois pode ser que apareça alguém bradando “êh, rapaz”. Antes de tudo, porém, não confunda Adão e Eva com Adão e Ivo, pense duas vezes antes de ser voluntário em uma dinâmica e diga com quem tu andas e eu te direi se andarei contigo. E que foi criado Adão o homem é como um microondas (é só ligar e já está pronto), enquanto que a mulher é como um forno à lenha (precisa assoprar). E que ninguém confunda o ninho da cobra com o miolo da cobra, mesmo que a cobra seja cega. Mas cuidado: se o arrepio é de baixo para cima, é coisa lá de cima. Se é de cima para baixo, já não é a mesma ciosa. Também é bom saber que os candangos não são os calangos, que é melhor ser uma vaca descolada que uma vaca atolada. Que antes de alguém comer uma maçã, é melhor observar se não se trata de uma cebola. E por falar em comida, que ninguém pense que casar é comer cajá. Bem melhor é um saquinho cheio de pipocas. De qualquer forma, foi tudo forte, muito forte. E, acima de tudo, manto, manto, manto!

Mas aquele semi-círculo (lembra?) não se encerrava no sexto casal, como um anel partido ou uma aliança quebrada. À frente, e sempre de pé, posição de quem serve, estavam os donos da casa, o casal que nos dá o orgulho de ter sonhado com essa varanda para que casais como nós estivéssemos aqui.

Um casamento que rompeu o Brasil, de nordeste a norte e de norte e nordeste. Que, no início, talvez tivesse tantos motivos para terminar, mas que hoje ensina motivos pra que outros relacionamentos não só não terminem, mas que continuem e multipliquem esse valor com outros.

Ela, alguém que conhece bem o poder transformador de Deus em uma vida e em um casamento: o seu. E que demonstra em atos o que significa gratidão: querer apaixonadamente oferecer a outras vidas o mesmo derramar contínuo de graça, aprendizado e cuidado de Deus que ela mesma recebeu. O choro desce fácil de seu rosto. Mas não é difícil perceber que essas lágrimas não são vãs, mas o reflexo de quem sente com a cabeça e pensa com o coração. Uma mulher que luta bravamente como quem está pronta a dar o mais apertado abraço e abraça amavelmente como quem está pronta a lutar até o fim pela causa do amor.

Ele, um modelo de marido, profissional e filho de Deus. Um homem de valor, de valores raros, dignos de serem colocados num quadro, daqueles que traduzem a missão e a visão de um lugar. Que já passou por tudo um pouco, que já enfrentou de pouco um tudo, mas que já compreendeu que para ele não há nada mais inspirador do que servir a Deus e amar sua esposa. Um líder que não precisa gritar para ser ouvido, que transmite a calma de quem não precisa correr contra o vento, pois basta andar calmamente quando se conhece os atalhos.

Uma dupla que mesmo não sendo formada por pessoas perfeitas, com certeza vive o banquete da graça. E como os melhores banquetes, este é realizado à luz de velas. E como todo banquete à luz de velas, no melhor da noite surge o supremo momento: o brinde.

O brinde deste banquete de vez em quando estava em nossas reuniões. Sentadinha em sua cadeirinha, brincando de pintar e até assistindo a filme conosco, nos inspirando a sonhar com uma família de verdade.

Casal, essa é nossa forma de homenagem a vocês. Obrigado por ter nos ensinado tanto, sem que precisássemos retribuir à altura. Obrigado pelas sobremesas e pelos lanches, pelos bombons, pelas balas, pelas pipocas, pelas tardes de vídeo-game, pelas palavras, pelos vídeos, pelas dinâmicas, pelos incentivos, pelas chamadas mais fortes e necessárias que recebemos ao pé do ouvido...

Obrigado por vocês.

Bem, agora resta perguntar: quem somos nós a partir de hoje à noite? Manteremos nossos sagrados encontros, mesmo que não sejam semanais e mesmo que não sejam nas sextas à noite? Nós mesmos responderemos a essas perguntas. O certo é que saímos daqui muito melhor preparados para a nova vida que se iniciará quando naquele dia dissermos “Sim” e “Sim”. E se não pessoas melhores, certamente seres mais amados, mais queridos, mais cuidados e menos sós. E com mais doze amigos.

Bem, só por isso, já teria tudo valido a pena...

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

ASSIM NA TERRA COMO NO CÉU

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“Como devo orar?” Quem já não pensou assim? Bem, antes mesmo de você ter pensado em perguntar, Jesus Cristo respondeu a essa pergunta, de forma objetiva: “Orai deste modo: Pai nosso que estás nos céus, santificado seja o teu nome, venha o teu reino, seja feita a tua vontade, assim na Terra como no céu...

Uma curiosidade na “reza” que aprendemos: Por que Jesus nos estimula a pedir a Deus que a vontade do próprio Deus seja feita da Terra, assim como é feita no céu? Porque para que a vontade de Deus seja feita na Terra, é necessário que nós também queiramos.

Logo no Éden, Deus nos deu algumas diretrizes da vida na Terra...

VEJA O TEXTO COMPLETO NO OPOVO ONLINE:

http://blog.opovo.com.br/cotidianoefe/assim-na-terra-como-no-ceu/

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

TÃO SÓ UMA FRASE - PARTE 12

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“A noite fria me ensinou a amar mais o meu dia e pela dor eu descobri o poder da alegria e a certeza de que tenho coisas novas, coisas novas pra dizer.”

Antonio Carlos Belchior, em Fotografia 3x4.

STEVE JOBS E OITO REFLEXÕES URGENTES

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Steve Jobs é a mais brilhante mente da informática no mundo. É “o cara” da Apple, simplesmente a segunda maior empresa do mundo. Mais: é o idealizador e inventor do mundo de computadores portáteis (pessoais), o criador da Pixar (a maior empresa de animação por computação gráfica do mundo, além de... (haja mundo!)

Sem mais delongas, assista aos dois vídeos, que são sua fala aos formandos de Stanford, em 2005. Abaixo, algumas reflexões sobre suas palavras:

1. Uma vida que tem tudo para dar errado pode dar certo. Não descarte ninguém ou determine destinos, mesmo que a tragédia de uma pessoa tenha se iniciado em seu próprio nascimento. O começo de uma vida nem sempre determina seu final. Creia na possibilidade da transformação. Dizem que pau que nasce torto morre torto. Mas você não é pau. É gente, de carne e osso.

2. Nem sempre o caminho óbvio é o mais coerente; nem sempre é o que se deve seguir. Na verdade, “arriscar é não arriscar”. Ou seja: arriscar é a única forma de não correr o risco de ter passado pela vida simplesmente por passar. Apenas arriscando se pode descortinar, descobrir, inventar e, principalmente, se reinventar. Se você faz as mesmas coisas todos os dias, tenha a certeza de que obterá, todos os dias, os mesmo resultados.

Convivendo com uma cientista, não canso de dizer: “quanto mais vezes seus experimentos derem errado, mais perto você estará do acerto, do novo, do improvável, do inimaginável, daquilo que ninguém ainda não pensou, daquilo para o qual todos um dia olharão e dirão: ‘porque eu não pensei nisso antes?”. Gênios nada mais são que indivíduos teimosos. Uma atitude passiva em relação à vida só resulta em uma resposta passiva da vida em relação a nós.

3. Se você quiser fazer diferente, pagará o preço por isso. Talvez você tenha que dormir no chão por algum tempo ou matar a fome em algum templo Hare Krishna, para um dia ter um chão seguro para pisar ou ter plenas condições de matar a sua fome e de muitas outras pessoas.

4. Deus não desperdiça sofrimento. A dor é a mola-mestra do crescimento, ou dos grandes saltos de nossas vidas. Obviamente, esse salto só acontecerá se nossa atitude em relação à aflição for de aprendizado, e não de derrotismo ou murmuração.

5. Todo conhecimento, ainda que aparentemente inútil, pode vir a ser a grande diferença em algum ponto de sua vida. Uma cadeira sonolenta na faculdade, uma pessoa chata que você conheceu, um ônibus errado que você pegou... Um dia a vida te surpreende e o que você menos valoriza pode salvar a sua pele! Já passou por algo parecido?

6. Talvez tudo o que você precise hoje, para crescer, é ser derrotado. Talvez seja necessário que você conheça a vergonha do fracasso, para que comece do zero um outro projeto, uma outra história mais excelente. Se você, infelizmente, nunca vir a beijar o pó da derrota, trilhará até o fim da vida o mesmo caminho, que hoje talvez não seja muito mais do que medíocre.

7. Ouvi um especialista em Recursos Humanos, de uma multinacional, dizer que gastamos 80% de nosso tempo tentando melhorar aquilo que não sabemos fazer. Trata-se de um desperdício de tempo. Este tempo deveria ser gasto exatamente com o que sabemos fazer bem e, principalmente, gostamos de fazer. Só assim seremos excelentes e, melhor ainda, satisfeitos. Por exemplo: pode um pavão subir em uma árvore? Sim, se este pavão for, desde pequeno, treinado para isso e ainda tratar-se de uma árvore pequena e de preferência com degraus. Mas que grande perda de tempo treinar um pavão para subir em árvores!

Que tal treiná-lo para ser um top-model entre as aves? Ele adoraria desfilar suas plumas coloridas para a bicharada! E já que se precisa de um animal para subir em árvores, não seria melhor contratar um macaco? Resumindo: Faça como Steve Jobs: encontre o que gosta de fazer e sabe fazer. E faça! Bem! Se você for um pavão, não passe a vida tentando subir em árvores. Se for um macaco, não passe a vida treinando para ser modelo, pois não há nada mais feio do que um macaco andando.

8. A saga humana em busca da estabilidade, em todos os sentidos, nos levou a criar símbolos aos quais nos apegamos por acreditar estarem neles os sinais de uma vida feliz e equilibrada. Uma casa própria, um bom carro, uma boa reputação social... Mas estes elementos, em verdade, não nos trazem a segurança que gostaríamos. Afinal, basta que o resultado daquele exame temível se volte contra você.... ou que a solidão o abale de maneira brutal... Então, o que representará a casa, o carro e a reputação?

Até mesmo a aparência de pessoa equilibrada e bem-resolvida, que costumamos lutar para manter, é uma tentativa de se adequar às regras sociais para não sermos considerados “loucos”. A quebra de qualquer dessas convenções, mesmo que isso não signifique fazer mal a si mesmo ou a alguém poderá significar para o meio que nos cerca um sinal de inadequação ou loucura. Tememos ser considerados inadequados. Por isso, não nos expressamos como gostaríamos, não compramos o carro da cor que realmente desejamos e não exercemos nossas paixões.

Que a certeza da brevidade da vida nos encoraje a não perdermos nossas esperanças, a não desperdiçarmos nossos sofrimentos e derrotas, a buscarmos salvações mesmo em meio a inutilidades, a rejeitarmos a mediocridade do óbvio, a pagarmos o preço da teimosia e da genialidade, a nos encontrarmos enquanto seres únicos e incomparáveis, a desejarmos esfomeadamante a excelência, no pouco ou muito tempo que nos resta, e que nos constranja a sermos quem sempre tivemos vontade de ser, mas sempre deixamos para um tal depois.

“Mantenha-se com Fome. Mantenha-se Tolo”.

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

OS NORDESTINOS EXISTEM. PACIÊNCIA...

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Manifestação de uma eleitora, muito provavelmente do Sudeste,  após o resultado das eleições de ontem, em que o Nordeste teve papel decisivo.

O que significa algo: pode ser que os desvalidos nordestinos não signifiquem muita coisa para determinado tipo de gente, mas POBRE TEM VOZ.

Para quem não aceita essa realidade, paciência...

Por Edilson de Holanda