
Não importa como você O chama
Nem se O discerne por inteiro
Ou se sabe quanto O ama
Teça uma poesia para Ele
Não se inquiete com a rima
Nem com a métrica perfeita
Tudo isso Ele ensina [... ... ...]
Aliás, D’us nem se importa
Ser você ou não poeta
Se vem de suas entranhas
Esteja certo, ela é completa
Trace algumas linhas para D’us
As mais honestas que puder
As mais francas que lhe surgirem
Inteireza é o que Ele quer
Não tenha medo, empunhe firme,
Mas suas dúvidas não esconda
E confesse, se seu navio
Sobe e desce, de onda em onda
Não se envergonhe do vazio
Da sua caixa de certezas
Nem se nela a escuridão
Apagou toda clareza
Não se intimide com a nudez
Do seu ponto de interrogação
Porque nus aqui chegamos
E assim toda a criação
Bem melhor é não conhecer
Mas viver sempre a buscar
Que pensar tudo saber
E em seu mundo se incrustar
Pois apenas quem tem sede
Corre à fonte e vai beber
D’us é A Mina dos sedentos
E não dos fartos, que pensam ter
A verdade absoluta
Sobre tudo o que Ele é
Como se fosse a Eternidade
Da estatura que se quer
Têm respostas sempre prontas
Aos desesperos de toda a alma
E até os dilemas insolúveis
São replicados com estranha calma
Acorrentar o que é Eterno
Em uma redoma ou masmorra
Pode até ser confortável
Mas não permite que Ele mova
O Seu amor pra surpreender
Ou sutilmente suscitar
No íntimo tantas questões
Pra talvez Ele explicar
E mesmo que não aclare
Você logo intuirá
Que esse Amor é suficiente
Pra sua alma aliviar
Descanse, sim, mas neste D’us
Que humanos nos criou
E entende cada conflito
Que seu espírito despertou
Mas cuidado com o sedutor vazio
Dos intelectualóides de plantão
Que transformam a simplicidade
Em um caos sem solução
E se esquecem de voltar
À razão que nos gerou
“Ser ou não ser” não é tão premente
Quanto aceitar e viver O Amor
Se há segredos indesvendáveis
Que ansiamos revelar
Não se aflija, a felicidade
Por eles não vai passar
E perceberá: em cada pergunta
Que o fariam se afastar
Sua presença era a resposta
E por isso estava lá
Se importando com sua crise
Não por querer sua dor
Mas até o puro ouro
Refinado, tem mais valor
Então dedique a Ele alguns versos
E não cesse de buscar
Pois um espírito rendido
Ele não costuma rejeitar
Nem abandonar, olhando bem
Tantos sinais você verá
Que cada dia é um presente
Sozinho você não está
Eu também não tenho a mágica
Para o seu pranto elucidar
Mas bem sei que em um belo dia
Ele toda lágrima enxugará
Só descobre quem indaga
Apenas acha quem procura
Esperança é o remédio
Que ao desalento traz a cura
Então componha para Ele agora
Mesmo se sua oração não se enquadrar
Nos modelos bolorentos
Que nos tolhem de O enxergar
Ele está no inesperado
No “será”, no “é” e no “era”
Mas não descarte sua presença
Também no que se espera
Na fagulha ou na fogueira
Na grácil gota ou na torrente
Ou ainda sem fogo ou água
Onde quer que haja gente
Ele está no que é singelo
Simples, sem teorização
E nas coisas elementares
Que nem reclamam explicação
E não importa quanto tempo
Você demore até pairar
Em doces nuvens de bom gozo
E um sentido à vida dar
Sem fé, ao Aba -Pai,
É impossível agradar
Buscar a D’us é o motivo
Enquanto se pode achar
Só não deixe de escrever
Uma estrofe, um comento
Pois o culto racional
É bem mais que um sentimento
Ele então se mostrará
Como tantas vezes fez
E brotará em sua árvore
Um ramo de cada vez
Sua Essência, que é o Amor
Fará, sim, florescer
E todos verão germinar
O melhor que há em você
Pois sua vida e existência
Esteja certo: não são em vão
Nem a angústia que hoje tanto
Te atormenta o coração
Nem se O discerne por inteiro
Ou se sabe quanto O ama
Teça uma poesia para Ele
Não se inquiete com a rima
Nem com a métrica perfeita
Tudo isso Ele ensina [... ... ...]
Aliás, D’us nem se importa
Ser você ou não poeta
Se vem de suas entranhas
Esteja certo, ela é completa
Trace algumas linhas para D’us
As mais honestas que puder
As mais francas que lhe surgirem
Inteireza é o que Ele quer
Não tenha medo, empunhe firme,
Mas suas dúvidas não esconda
E confesse, se seu navio
Sobe e desce, de onda em onda
Não se envergonhe do vazio
Da sua caixa de certezas
Nem se nela a escuridão
Apagou toda clareza
Não se intimide com a nudez
Do seu ponto de interrogação
Porque nus aqui chegamos
E assim toda a criação
Bem melhor é não conhecer
Mas viver sempre a buscar
Que pensar tudo saber
E em seu mundo se incrustar
Pois apenas quem tem sede
Corre à fonte e vai beber
D’us é A Mina dos sedentos
E não dos fartos, que pensam ter
A verdade absoluta
Sobre tudo o que Ele é
Como se fosse a Eternidade
Da estatura que se quer
Têm respostas sempre prontas
Aos desesperos de toda a alma
E até os dilemas insolúveis
São replicados com estranha calma
Acorrentar o que é Eterno
Em uma redoma ou masmorra
Pode até ser confortável
Mas não permite que Ele mova
O Seu amor pra surpreender
Ou sutilmente suscitar
No íntimo tantas questões
Pra talvez Ele explicar
E mesmo que não aclare
Você logo intuirá
Que esse Amor é suficiente
Pra sua alma aliviar
Descanse, sim, mas neste D’us
Que humanos nos criou
E entende cada conflito
Que seu espírito despertou
Mas cuidado com o sedutor vazio
Dos intelectualóides de plantão
Que transformam a simplicidade
Em um caos sem solução
E se esquecem de voltar
À razão que nos gerou
“Ser ou não ser” não é tão premente
Quanto aceitar e viver O Amor
Se há segredos indesvendáveis
Que ansiamos revelar
Não se aflija, a felicidade
Por eles não vai passar
E perceberá: em cada pergunta
Que o fariam se afastar
Sua presença era a resposta
E por isso estava lá
Se importando com sua crise
Não por querer sua dor
Mas até o puro ouro
Refinado, tem mais valor
Então dedique a Ele alguns versos
E não cesse de buscar
Pois um espírito rendido
Ele não costuma rejeitar
Nem abandonar, olhando bem
Tantos sinais você verá
Que cada dia é um presente
Sozinho você não está
Eu também não tenho a mágica
Para o seu pranto elucidar
Mas bem sei que em um belo dia
Ele toda lágrima enxugará
Só descobre quem indaga
Apenas acha quem procura
Esperança é o remédio
Que ao desalento traz a cura
Então componha para Ele agora
Mesmo se sua oração não se enquadrar
Nos modelos bolorentos
Que nos tolhem de O enxergar
Ele está no inesperado
No “será”, no “é” e no “era”
Mas não descarte sua presença
Também no que se espera
Na fagulha ou na fogueira
Na grácil gota ou na torrente
Ou ainda sem fogo ou água
Onde quer que haja gente
Ele está no que é singelo
Simples, sem teorização
E nas coisas elementares
Que nem reclamam explicação
E não importa quanto tempo
Você demore até pairar
Em doces nuvens de bom gozo
E um sentido à vida dar
Sem fé, ao Aba -Pai,
É impossível agradar
Buscar a D’us é o motivo
Enquanto se pode achar
Só não deixe de escrever
Uma estrofe, um comento
Pois o culto racional
É bem mais que um sentimento
Ele então se mostrará
Como tantas vezes fez
E brotará em sua árvore
Um ramo de cada vez
Sua Essência, que é o Amor
Fará, sim, florescer
E todos verão germinar
O melhor que há em você
Pois sua vida e existência
Esteja certo: não são em vão
Nem a angústia que hoje tanto
Te atormenta o coração
Dedicado a um indubitável amigo
2 comentários:
Edilson esse poema, pra humanidade é um presente
Prosa nenhuma explica, o que destes versos se subentende
Esta é obra para mim fala de superação
Não despreza minha dúvida, nem a dor do meu coração
Versos simples e profundos
Vida real, amor e dúvida
Respostas prontas, coração doente
Simplicidade, a alma cura
Parabéns pelo "Poema da Dúvida"
Muito bom.
Luiz Eduardo
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