domingo, 12 de dezembro de 2010

PENSADORES X CUIDADORES. DO QUE SE PRECISA MAIS?

Partilhar

Responda rápido. Ou melhor: pare um pouco pra pensar:

As pessoas, individualmente, precisam ser cuidadas como ovelhas ou analisadas como cobaias?

As pessoas, enquanto comunidade, precisam de cuidadores (chame de “padres”, “pastores”, “diáconos”, “servos” ou do que quiser) presentes em suas vidas e lhes fazendo sentir menos sós ou de pensadores que definam brilhantemente “a presença” e “a vida”?

As pessoas, enquanto mundo, precisam de mais reflexões “supra-cosmo-divinas” ou de mais ações concretas e diárias a respeito das lições básicas (exatamente aquelas que ainda hoje não conseguimos cumprir, como “ame ao próximo com a si mesmo”!)? Precisam de novos pensamentos e teorias sobre “o ser o não ser do amor”, “a filosofia da alegria”, “o caminho da paz”, ou da concretização de amor, alegria, paz, paciência, amabilidade, bondade, fidelidade, mansidão e domínio próprio?

O caminho da complexidade das palavras esconde um mais simples, porém bem mais desafiador: o das ações.

As necessidades humanas são latentes e urgentes. Antes de se perder em novas teorias, que tal antes cumprir o que é básico.

Talvez, nem sobre tempo pra tantos “novos conceitos”

O que você acha?

4 comentários:

Anônimo disse...

POEMAS DE ANGOLA

Não basta que seja pura e justa a nossa causa
É necessário que a pureza e a justiça existam dentro de nós.
Dos que vieram e conosco se aliaram muitos traziam sobras no olhar intenções estranhas.

Para alguns deles a razão da luta era só ódio: um ódio antigo centrado e surdo como uma lança.
Para alguns outros era uma bolsa bolsa vazia (queriam enchê-la) queriam enchê-la com coisas sujas inconfessáveis.

Outros viemos.

Lutar pra nós é ver aquilo que o Povo quer realizado.
É ter a terra onde nascemos.
É sermos livres pra trabalhar.
É ter pra nós o que criamos.
Lutar pra nós é um destino - é uma ponte entre a descrença e a certeza do mundo novo.

Na mesma barca nos encontramos.
Todos concordam - vamos lutar.
Lutar pra quê?
Pra dar vazão ao ódio antigo? ou pra ganharmos a liberdade e ter pra nós o que criamos?

Na mesma barca nos encontramos
Quem há-de ser o timoneiro?
Ah as tramas que eles teceram!
Ah as lutas que aí travamos!
Mantivemo-nos firmes: no povo buscáramos a força e a razão Inexoravelmente como uma onda que ninguém trava vencemos.

O Povo tomou a direção da barca.
Mas a lição lá está, foi aprendida:
Não basta que seja pura e justa a nossa causa
É necessário que a pureza e a justiça existam dentro de nós

AGOSTINHO NETO

Anônimo disse...

Sobre os cuidadores

Estou acabando de sair de um consultório odontológico, muito emocionado, e gostaria de prestar uma singela homenagem aos profissionais da odontologia, na pessoa da Larissa.

Quem mora no interior não tem “acesso”, uma educação com o tratamento dos dentes, algo que deveria ser de prevenção, acaba não acontecendo, e muitos brasileiros e brasileiras sofrem pelo descaso e a dor.

No SESC existe um tratamento de excelente qualidade, excelentes profissionais, por isso preferi tratar ali os meus dentes, quem faz parte do comércio tem um grande desconto, mas quem não faz, ou seja, é usuário, sai caro, no caso de uma consulta de meia hora sai por 45,00, só que dificilmente quem demora a tratar dos dentes, tem apenas uma coisinha para resolver.

Pois bem, no primeiro exame, saiu o diagnóstico: 8 consultas e um canal. Pensei: fazer o que, vamos ver no que dá, e comecei. Ao me informar o preço do canal, vi que era 97,00, mas ao chegar no SESC da 24 de maio, vi que o molar é mais caro que o pré-molar, aí ia para 197,00.

Assumo que saí decidido que não ia fazer o tratamento, por mais uma vez, ao caminhar senti nas costas o peso de milhões de pessoas que não tem acesso, que não podem pagar e que sentem dor, principalmente uma dor moral. Chorei.

Mas ao falar com a doutora Ana Lúcia que tava muito caro e talvez não pudesse fazer o tratamento, essa me indagou se não era comerciário, disse que não, e com um coração do tamanho do mundo, sem eu pedir, fez uma solicitação ao coordenador do SESC, que de desse um desconto. Deu certo, ah!, ainda sobre o canal, só teria vaga para janeiro, mas como disse no início, moro no interior, não podia esperar, só me restava uma saída, esperar que alguém faltasse, foi o que fiz, passei o dia todo esperando e acabei de sair do consultório, fiz o canal, só eu sei quantas noites de sono perdi por causa de dor, mas uma vez chorei.

Mas dessa vez de alegria, gostaria de dizer que temos em nossas mãos a possibilidade de ajudar as outras pessoas, aqui na terra, termos preocupação com o próximo e agir. Ajude as pessoas, existem milhares de pessoas precisando de ajuda, por causa da desigualdade, da miséria, da fome, dos irresponsáveis que gerenciam esse país.

Tenho fé que as pessoas podem transformar a terra num paraíso, onde a vida esteja em primeiro lugar, onde as pessoas se importem, que sejam cuidadores, defendam a vida. Aqui na terra.

"amar e mudar as coisas me interessam mais"
Belchior

Anônimo disse...

Sobre os cuidadores

Estou acabando de sair de um consultório odontológico, muito emocionado, e gostaria de prestar uma singela homenagem aos profissionais da odontologia, na pessoa da Larissa.

Quem mora no interior não tem “acesso”, uma educação com o tratamento dos dentes, algo que deveria ser de prevenção, acaba não acontecendo, e muitos brasileiros e brasileiras sofrem pelo descaso e a dor.

No SESC existe um tratamento de excelente qualidade, excelentes profissionais, por isso preferi tratar ali os meus dentes, quem faz parte do comércio tem um grande desconto, mas quem não faz, ou seja, é usuário, sai caro, no caso de uma consulta de meia hora sai por 45,00, só que dificilmente quem demora a tratar dos dentes, tem apenas uma coisinha para resolver.

Pois bem, no primeiro exame, saiu o diagnóstico: 8 consultas e um canal. Pensei: fazer o que, vamos ver no que dá, e comecei. Ao me informar o preço do canal, vi que era 97,00, mas ao chegar no SESC da 24 de maio, vi que o molar é mais caro que o pré-molar, aí ia para 197,00.

Assumo que saí decidido que não ia fazer o tratamento, por mais uma vez, ao caminhar senti nas costas o peso de milhões de pessoas que não tem acesso, que não podem pagar e que sentem dor, principalmente uma dor moral. Chorei.

Mas ao falar com a doutora Ana Lúcia que tava muito caro e talvez não pudesse fazer o tratamento, essa me indagou se não era comerciário, disse que não, e com um coração do tamanho do mundo, sem eu pedir, fez uma solicitação ao coordenador do SESC, que de desse um desconto. Deu certo, ah!, ainda sobre o canal, só teria vaga para janeiro, mas como disse no início, moro no interior, não podia esperar, só me restava uma saída, esperar que alguém faltasse, foi o que fiz, passei o dia todo esperando e acabei de sair do consultório, fiz o canal, só eu sei quantas noites de sono perdi por causa de dor, mas uma vez chorei.

Mas dessa vez de alegria, gostaria de dizer que temos em nossas mãos a possibilidade de ajudar as outras pessoas, aqui na terra, termos preocupação com o próximo e agir. Ajude as pessoas, existem milhares de pessoas precisando de ajuda, por causa da desigualdade, da miséria, da fome, dos irresponsáveis que gerenciam esse país.

Tenho fé que as pessoas podem transformar a terra num paraíso, onde a vida esteja em primeiro lugar, onde as pessoas se importem, que sejam cuidadores, defendam a vida. Aqui na terra.

"amar e mudar as coisas me interessam mais"
Belchior

Anônimo disse...

Sobre os cuidadores

Estou acabando de sair de um consultório odontológico, muito emocionado, e gostaria de prestar uma singela homenagem aos profissionais da odontologia, na pessoa da Larissa.

Quem mora no interior não tem “acesso”, uma educação com o tratamento dos dentes, algo que deveria ser de prevenção, acaba não acontecendo, e muitos brasileiros e brasileiras sofrem pelo descaso e a dor.

No SESC existe um tratamento de excelente qualidade, excelentes profissionais, por isso preferi tratar ali os meus dentes, quem faz parte do comércio tem um grande desconto, mas quem não faz, ou seja, é usuário, sai caro, no caso de uma consulta de meia hora sai por 45,00, só que dificilmente quem demora a tratar dos dentes, tem apenas uma coisinha para resolver.

Pois bem, no primeiro exame, saiu o diagnóstico: 8 consultas e um canal. Pensei: fazer o que, vamos ver no que dá, e comecei. Ao me informar o preço do canal, vi que era 97,00, mas ao chegar no SESC da 24 de maio, vi que o molar é mais caro que o pré-molar, aí ia para 197,00.

Assumo que saí decidido que não ia fazer o tratamento, por mais uma vez, ao caminhar senti nas costas o peso de milhões de pessoas que não tem acesso, que não podem pagar e que sentem dor, principalmente uma dor moral. Chorei.

Mas ao falar com a doutora Ana Lúcia que tava muito caro e talvez não pudesse fazer o tratamento, essa me indagou se não era comerciário, disse que não, e com um coração do tamanho do mundo, sem eu pedir, fez uma solicitação ao coordenador do SESC, que de desse um desconto. Deu certo, ah!, ainda sobre o canal, só teria vaga para janeiro, mas como disse no início, moro no interior, não podia esperar, só me restava uma saída, esperar que alguém faltasse, foi o que fiz, passei o dia todo esperando e acabei de sair do consultório, fiz o canal, só eu sei quantas noites de sono perdi por causa de dor, mas uma vez chorei.

Mas dessa vez de alegria, gostaria de dizer que temos em nossas mãos a possibilidade de ajudar as outras pessoas, aqui na terra, termos preocupação com o próximo e agir. Ajude as pessoas, existem milhares de pessoas precisando de ajuda, por causa da desigualdade, da miséria, da fome, dos irresponsáveis que gerenciam esse país.

Tenho fé que as pessoas podem transformar a terra num paraíso, onde a vida esteja em primeiro lugar, onde as pessoas se importem, que sejam cuidadores, defendam a vida. Aqui na terra.

"amar e mudar as coisas me interessam mais"
Belchior

Por Edilson de Holanda