domingo, 25 de setembro de 2011

CRISTO EM MIM: A GRANDE NOVIDADE, A ENORME RESPONSABILIDADE

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Já escrevi algo parecido em algum lugar por aí, mas quero discutir este tema com você novamente, sob outro enfoque. 

O que torna diferente o Cristianismo de outras tentativas de religar o Homem a Deus? O que o distingue do Islamismo, Budismo, Hinduísmo e de outros “ismos”?

Destaco uma resposta: o fato de o Cristianismo delegar ao ser humano um senso de responsabilidade não visto em outras “religiões”. Enquanto cristão, quem é você? Nada mais, nada menos que alguém que carrega Deus em si mesmo.

O apóstolo Paula chama a atenção para essa realidade, que também é uma grande novidade estampada por Jesus. “O mistério que esteve oculto durante épocas e gerações, mas que agora foi manifestado a seus santos. A eles quis Deus dar a conhecer entre os gentios a gloriosa riqueza deste mistério, que é Cristo em vocês, a esperança da glória”.Cl 1:26,27.

Cristo encarnou essa verdade ao vir à Terra como homem. Uma prova de que o próprio ser divino planeja habitar no Homem.

Sendo assim, não por convicção religiosa, mas por pura constatação bíblica, não cabe mais levantar estátuas e monumentos para adorá-los, querendo-se que ali esteja consubstanciada a imagem de Deus. Muito menos se deve esperar que daquelas pedras esculpidas jorre água, pois a maior representação de Deus é o próprio Homem, de onde deve jorrar a água em nossos tempos.

Igualmente, não mais cabe simplesmente erguer as mãos aos céus e esperar manifestações miraculosas. Tal atitude, acompanhada de um estado de passividade, é, mesmo que sem querer, uma tentativa de atribuir a Deus uma responsabilidade que Ele já nos delegou. “Digo-lhes a verdade: Aquele que crê em mim fará também as obras que tenho realizado. Fará coisas ainda maiores do que estas, porque eu estou indo para o Pai.” Jo 14:12. Por isso, não raras vezes ouvimos Jesus dizer: “Ide”, “Vá”, “Faça”...

Temos que entender de uma vez por todas: Deus quer manifestar seu caráter e seu propósito no ser humano. Literalmente, através do ser humano (por suas mãos, pés, olhos ouvidos, boca...).

O grande milagre não é a cura de um mendigo enfermo, mas o fato alguém se dispor a sair do conforto de sua casa e dedicar tempo, dinheiro e lágrimas em prol do desconhecido, orando diariamente por ele, sem esperar nada em troca. A grande atuação de Deus na Terra se revela na renúncia de um indivíduo ao próprio egoísmo, em nome do bem-estar do outro.

Deus não é uma “coisa” externa, ou um poder que pode ser acessado de forma extraordinária para resolver problemas insolúveis, como um “plin” impessoal de uma vara de condão.

Ele delegou a você (ou a um grupo de pessoas como você, denominada “igreja”), a função de mudar o que deve ser mudado no mundo, razão porque em nós está o Espírito Santo, que inspira, ensina e concede coragem e graça para sermos à imagem e semelhança Dele.

Há fome no mundo e isso o incomoda? Não deixe de orar por isso, mas mate a fome de alguém. Há pessoas em depressão nas prisões? Não deixe de orar, mas vá às cadeias e amenize a dor de um encarcerado. Ou seja: seja a resposta à sua própria oração.

Alguém, neste momento, está pedindo a Deus algo que pode ser realizado através de você. 

Por isso, a grande novidade que quero destacar é esta: que não se deve tentar ver Deus em uma imagem, muito menos através de uma revelação angelical inédita. Devemos viver de modo que encontrar Deus seja sinônimo de, simplesmente, estar em frente ao espelho.

A responsabilidade é toda nossa.

Você encara?

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Por Edilson de Holanda