quinta-feira, 29 de outubro de 2009

1 DEUS, 13 LIÇÕES (parte II)

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8. AS BÊNÇÃOS DE DEUS DEVEM GLORIFICAR A DEUS E NÃO A NÓS (SL 145:1-12). Como diz meu pai, a cada vez que respirássemos deveríamos reconhecer que o fôlego que temos é dado por Deus. Sem sua permissão e dádiva, não seríamos capazes sequer de inspirar o ar para dentro dos pulmões.     
Talvez só reconhecemos essa verdade quando nos deparamos com alguém em um hospital dependendo de aparelhos para respirar.Luto contra a vaidade que há em mim, humano, e a altivez, que quer que eu cresça e Deus diminua [... ... ...]
Sinto um misto de tristeza, pena e, por muito e por pouco, me revolto (erradamente!) contra quem se auto-promove com aquilo que Deus lhe deu, com quem se ensobrbece por aquilo que “conquistou”, não percebendo que seu coração está posto no lugar errado.
No meio do caminho, o presunçoso não percebe Deus nem as pessoas - que passam a ser meios, coisas - enquanto que o que é móvel e imóvel, os títulos, os status, os “glamours” ou mesmo a aparência de estar acima dos outros – que já é suficiente e satisfaz o ego - passam a ser o fim, o auge, a fonte do prazer para quem não há palavra mais doce de ser dita e ouvida do que “Eu”.
Quem ostenta uma alma inflada por aquilo que o tempo corróe, a chuva leva, o vento desfaz ou uma curva destrói, vive como se tudo isso coubesse dentro de um balão de oxigênio, fizesse diferença no leito de uma UTI ou acompanhasse as flores dentro de um caixão.
9. AS BÊNÇÃOS SÃO VIAS DE MÃO DUPLA, POR ISSO DEVEMOS AGIR COMO MORDOMOS, E NÃO COMO DONOS (JÓ 42:10). Somos administradores do que Deus nos permitiu ter. Temos de lutar contra o sentimento de posse, pois ele será um empecilho no momento de compartilhar, dar, dividir com alguém algo que nos é precioso, coisa que Jesus, com seu próprio exemplo, nos ensinou a fazer.
Ser generoso (a) é um estilo de vida. Ser avarento (a) também! Quanto mais abençoamos, mais somos abençoados. É uma via de mão dupla que nos leva a entender que um pouco mais ou um pouco menos em nossas mãos não fará grande diferença, se nos desprendermos um pouco mais do “querer ter”.
Quando nosso coração é abençoador em relação aos outros, atraímos para perto de nós corações ainda mais generosos que o nosso, que invariavelmente mostram a misericórdia de Deus e ainda nos permitem criar laços profundos de amizade.
Enquanto isso, o mesquinho deixa enferrujar o que ele tem de mais valioso: metal, e deixa se acaba em traças debaixo do colchão o que ele tem de mais querido: papel-moeda. Quero ter o coração de Jó, que após perder tudo o que tinha, e tendo todos os motivos para ser egoísta em seus pedidos, foi abençoado exatamente quando orava por seus amigos.
10. UMA BÊNÇÃO SÓ É UMA BÊNÇÃO SE PODEMOS VIVER SEM ELA (GN 22:1-14). Deus deve ser o único bem sem o qual não podemos viver. Tendemos a estabelecer alvos para nós, perseguirmos ao ponto de nossa felicidade estar depositada em um conquista ou até em uma pessoa. 
O fato é que, se não alcançamos, sentimo-nos desmoronar por dentro, exatamente porque nossa fortaleza estava no “se”. É claro que necessitamos ser supridos em nossas necessidades básicas e também precisamos de pessoas que nos amem e me aceitem, mas se temos algo particular em nossas vidas sem o qual não podemos viver, esse “algo” toma o lugar de Deus e nós: o primeiro. E não pode ser uma bênção. 
Aparentemente, não havia algo mais desejado para Abraão do que um filho. A criança veio, se tornou amada, mas Deus provou Abraão quanto às suas prioridades. Seria capaz o pai de sacrificar o filho por obediência a Deus? Sim. E Deus mostrou que seu intuito não era ver o sangue do menino, mas que Abraão meditasse sobre o que era mais importante em sua vida. E não permitiu que o holocausto acontecesse. Por essas e outras, Abraão é o pai da fé. E Deus, um pai misericordioso.
11. O MELHOR DE DEUS PARA NÓS É EXATAMENTE O QUE ELE NOS DÁ (FL 4:18-19). Por que temos a impressão de que “o vizinho sempre encontra dinheiro em calçada alta no lado da sombra”? Ou, em outras palavras, que Deus olha com melhores olhos para os outros do que pra nós? 
Por que custamos a viver a verdade de que se Deus cuida dos lírios e das aves do céu, cuidará ainda melhor de nós? O melhor de Deus para nós não é o que nosso vizinho tem, mas o que Ele nos deu, dá e dará. Creio, assim como o apóstolo dos gentios, que Deus é capaz de suprir todas as nossas necessidades. É claro que fantasiamos muitas “necessidades”, que não passam de lu(i)xo.
Além do mais, apesar de Deus amar a todos em igual nível, cuida de cada um individualmente, e por isso abençoa também de forma particular. De outro lado, quem garante que aquilo que seu “próximo” tem e você ardentemente deseja traria bênçãos de verdade pra você? É por isso que não devemos apontar para os outros e depois olhar para Deus com olhos de cachorro pidão. Devemos sim fazer a nossa parte e esperar, pois o Senhor nos suprirá naquilo que precisamos de verdade.
12. É MAIS DIFÍCIL SE ALEGRAR COM OS QUE SE ALEGRAM DO QUE CHORAR COM OS QUE CHORAM (RM 12:15). Nossa natureza humana, apesar de corrompida, é capaz de se condoer com a dor alheia. Mesmo aqueles que “atravessam o mar com um sonrisal na mão” são capazes de se comover com as clássicas e penosas cenas de crianças africanas.
Mas a sabedoria paulina nos instrui, antes mesmo que sintamos a dor do outro, a que soltemos confetes com o nosso colega de trabalho quando ele subir de cargo. Inclusive quando ele estiver concorrendo conosco! Lutando contra a inveja e o orgulho, reconhecendo a vitória e o empenho do outro e ainda mais: se alegrando! Para ser mais claro: “abrir mão dos próprios interesses” e “negar a si mesmo”.
13. DEUS SE ALEGRA EM QUEM CONFIA NELE E EM SEU SUPRIMENTO (HB 10:38-39). Nada é pior do que sentirmos que somos dependentes, que não temos o domínio. Paradoxalmente, essa deve ser uma busca diária da nossa parte. Explico perguntando: você confiaria o controle absoluto de sua vida a outra pessoa, por mais que ela fosse sábia, experiente e ainda lhe amasse? 
Não? Então porque entregaria a você mesmo (a)? O desejo de comandar é natural, mas não somos capazes o suficiente para garantirmos suprimento e abundância por toda a vida, como Deus é. É por isso que a fé é uma grande prova de amor a Deus, pois crer que Ele acolhe, provê e ainda promove fartura, mesmo nos desertos, significa dizer: “Senhor, não estou nem sou apto a guiar meus próprios passos, por isso me entrego a você sem ressalvas. E confio.”
Lutando para conjugar palavras e gestos (ser aquela criança),  Edilson

Um comentário:

Tati disse...

Meu amor!!!Fiquei esperando a continuação! É maravilhoso compartilhar com vc e com outras pessoas destes ensinamentos! Quanta coisa Deus nos ensina atraves das circusntâncias né?! Revivenciei cada detalhe lendo seu texto e como sempre fiquei encantada com este dom que Deus lhe deu: usar tão bem as palavras! É uma benção de Deus que vc usa para glorificá-lo! Te amo muito!

Por Edilson de Holanda