domingo, 12 de dezembro de 2010

PENSADORES X CUIDADORES. DO QUE SE PRECISA MAIS?

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Responda rápido. Ou melhor: pare um pouco pra pensar:

As pessoas, individualmente, precisam ser cuidadas como ovelhas ou analisadas como cobaias?

As pessoas, enquanto comunidade, precisam de cuidadores (chame de “padres”, “pastores”, “diáconos”, “servos” ou do que quiser) presentes em suas vidas e lhes fazendo sentir menos sós ou de pensadores que definam brilhantemente “a presença” e “a vida”?

As pessoas, enquanto mundo, precisam de mais reflexões “supra-cosmo-divinas” ou de mais ações concretas e diárias a respeito das lições básicas (exatamente aquelas que ainda hoje não conseguimos cumprir, como “ame ao próximo com a si mesmo”!)? Precisam de novos pensamentos e teorias sobre “o ser o não ser do amor”, “a filosofia da alegria”, “o caminho da paz”, ou da concretização de amor, alegria, paz, paciência, amabilidade, bondade, fidelidade, mansidão e domínio próprio?

O caminho da complexidade das palavras esconde um mais simples, porém bem mais desafiador: o das ações.

As necessidades humanas são latentes e urgentes. Antes de se perder em novas teorias, que tal antes cumprir o que é básico.

Talvez, nem sobre tempo pra tantos “novos conceitos”

O que você acha?

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

DEUS...

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Ele mora nos detalhes...

terça-feira, 30 de novembro de 2010

TÃO SÓ UMA FRASE - PARTE 13

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"Onde estaria o Comunismo se Marx tivesse ganhado na loteria, sozinho, antes de escrever 'O Capital'?

Falcão

ONE LAÇO, CATORZE ALMAS

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Texto dedicado à formatura do curso de noivos ONE, em 26/11/2010.

Um dia, fomos dois. Um dia, seremos um.

Em 10 de setembro de 2010, entramos por aquele portão sem saber o que nos esperava. Mais uma série de palestras sobre um tema já tão batido, o casamento? Mais uma ambiente em que os casais mostrariam apenas o lado admirável de si, com receio de serem considerados medíocres e pecadores? Mais um programa de igreja, realizado mais por obrigação do que por paixão? Mais um curso, em que se aprendem regras sobre como lidar com o corpo, mas que não fala à alma? Mais um casal de líderes tentando mostrar que é perfeito, a despeito da imperfeição dos outros?

Nada disso.

No caminho até a primeira reunião, os casais cochichávamos dentro dos carros e no ônibus: “Vamos observar se os outros vão se abrir mesmo. Não pretendo expor a minha vida à toa” Mal sabíamos que essa leda impressão seria desfeita em pouco tempo.

Chegamos, nos entreolhamos e pensamos: e agora? A grama verdinha, as cadeiras arrumadas, cartazes coloridos pelas paredes, cadeiras milimetricamente arrumadas, uma mesa organizada com toalha e adereços típicos de quem não fez de qualquer

Começou.

O casal líder, uniformizado e interagindo como que por música, deu início ao ONE com uma oração. Estava feito.

A partir dali, e durante os próximos nove encontros, até mesmo o mais árido coração seria regado, molhado, encharcado de vida, cuidado, dedicação emocional e espiritual, ensino relacional, carinho, apreço e atenção. E até mesmo o mais rígido coração seria abalado em suas estruturas, pois concordando ou esbravejando contra tudo o que vimos e ouvimos aqui, ninguém é capaz de entrar pelos umbrais dessa casa, desse templo, e sair da mesma forma.

Quem éramos nós? Éramos 12.

Em uma ponta do semi-círculo, o primeiro casal: Ela, uma jovem advogada, moça tão chique quanto discreta, disposta a recolher os frutos de tudo do que já viveu e tentar de novo o amor sem reservas, na mesma medida em que se apóia em Cristo para seguir em frente e ser feliz. Ele, alguém que parece ter saído de uma história bíblica. De uma parábola. Um homem sedento de Deus, em plena fase de reconstrução e na escalada de uma caminhada que certamente o levará a muitos topos, em nome do mais novo e maior amor de sua vida: Deus.

Logo ao lado, o segundo casal. Ela, que, embora durante as partilhas, bem que poderia ser chamada de lágrima, era em verdade alguém capaz de agir mais racionalmente que qualquer indivíduo que não chora. Ela era, enfim, uma mulher disposta a tomar grandes e decisivas decisões, se preciso, em nome de um grande e decisivo Deus. E assim fez. Ele, um homem que se dispôs a iniciar um processo sobre o qual nenhum de nós tínhamos certeza a respeito de que mudança seriam orquestradas em nossos “eus”. E aconteceu com eles o melhor que Deus poderia lhes fazer: alertá-los de que era bem melhor que cada um deles continuassem a ser ONE, seguindo cada um por sua própria estrada.

À direita, um casal sobre o qual todos pensamos à primeira vista: quem trouxe esses bebês para cá? O tempo nos mostrou que eles são bem mais maduros que muitos de nós, em diversas questões. Ela, uma garota crente, temente a Deus, que honra os pais e já passou por tremendas experiências, até mesmo encarar a morte de frente. Ele, um jovem ousado, destemido, que parece já ter nascido pronto para a vida, e que vive a expectativa de ser o marido que sua amada sonhou.

O quarto casal é uma prova de que Deus honra a fé e o propósito firme de seus filhos, quando eles, mesmo diante das circunstâncias adversas e do tempo de espera, resolvem acreditar que o amor e o respeito um pelo outro podem, sim, perdurar e até se intensificar com o passar dos anos. Ela, uma linda e cativante mulher, de talentos, habilidades, caráter, e valores raros. Ele, alguém que usufruiu de sentar-se exatamente no meio do semi-circulo, de onde pôde observar o casal líder e todos os noivos e  aprender com a fala e a vida de cada um.

Logo ao lado, o quinto casal. Ela, uma moça tímida, mas precisa em suas poucas palavras e guerreira na postura diante de seus gigantes e batalhas travadas contra eles, que durante os últimos meses abdicou do sono por algumas noites, em prol da construção de um casamento feliz. Ele, um homem que tem aprendido ainda mais a como ser homem de verdade, talvez um dia até entregando uma flor à sua querida. Ou um buquet, quem sabe.

O sexto casal, não podemos negar, é especial. Ela, que carrega música e carisma na veia, reconhece que tem um chamado do qual não pode fugir. Este chamado, tão claro quanto imensurável, talvez tenha ficado mais nítido agora que encontrou seu querido. Ele, que sabe como poucos aonde quer chegar na vida, carrega marcas da existência que são mais que cicatrizes, são sinais de que ainda há homens comissionados a cuidar dos outros, mesmo que por muito tempo não tenha recebido o cuidado que sempre mereceu.

Se é difícil falar sobre o que mais marcou, está indelével em nossa memória que é preciso sermos dois completos, antes de sermos um inteiro; que é necessário resolver o passado e o presente familiar, para que o futuro seja um presente; que é inadiável rever e desfazer os nós dados por nós mesmos tempos atrás, para que, à frente, nosso cônjuge cultive a certeza de quem somos e de quem fomos; que “unir-se” é bem mais que “juntar-se”; que “destino” deveria chamar-se “doistino”, pois cada um de nós é dois, mas seremos um, com o mesmo destino; que intimidade com pureza é solução para o presente, enquanto que intimidade sem pureza é um problema para o futuro; que um lar só é feliz vivendo-se em equipe, e se estivermos em times diferentes, já não poderemos chamar isso de lar; que a mordomia é um privilégio, quando Deus é o bom Senhor; e que nossos recursos só são bem vividos na Terra se eles repercutem no céu.

Se é fácil ainda hoje rir, ou melhor, sorrir do que vivemos juntos, então que ninguém saia por aí de meia furada, ou então falando um pedaço da meia, para não experimentar a unção do cutucão, pois pode ser que apareça alguém bradando “êh, rapaz”. Antes de tudo, porém, não confunda Adão e Eva com Adão e Ivo, pense duas vezes antes de ser voluntário em uma dinâmica e diga com quem tu andas e eu te direi se andarei contigo. E que foi criado Adão o homem é como um microondas (é só ligar e já está pronto), enquanto que a mulher é como um forno à lenha (precisa assoprar). E que ninguém confunda o ninho da cobra com o miolo da cobra, mesmo que a cobra seja cega. Mas cuidado: se o arrepio é de baixo para cima, é coisa lá de cima. Se é de cima para baixo, já não é a mesma ciosa. Também é bom saber que os candangos não são os calangos, que é melhor ser uma vaca descolada que uma vaca atolada. Que antes de alguém comer uma maçã, é melhor observar se não se trata de uma cebola. E por falar em comida, que ninguém pense que casar é comer cajá. Bem melhor é um saquinho cheio de pipocas. De qualquer forma, foi tudo forte, muito forte. E, acima de tudo, manto, manto, manto!

Mas aquele semi-círculo (lembra?) não se encerrava no sexto casal, como um anel partido ou uma aliança quebrada. À frente, e sempre de pé, posição de quem serve, estavam os donos da casa, o casal que nos dá o orgulho de ter sonhado com essa varanda para que casais como nós estivéssemos aqui.

Um casamento que rompeu o Brasil, de nordeste a norte e de norte e nordeste. Que, no início, talvez tivesse tantos motivos para terminar, mas que hoje ensina motivos pra que outros relacionamentos não só não terminem, mas que continuem e multipliquem esse valor com outros.

Ela, alguém que conhece bem o poder transformador de Deus em uma vida e em um casamento: o seu. E que demonstra em atos o que significa gratidão: querer apaixonadamente oferecer a outras vidas o mesmo derramar contínuo de graça, aprendizado e cuidado de Deus que ela mesma recebeu. O choro desce fácil de seu rosto. Mas não é difícil perceber que essas lágrimas não são vãs, mas o reflexo de quem sente com a cabeça e pensa com o coração. Uma mulher que luta bravamente como quem está pronta a dar o mais apertado abraço e abraça amavelmente como quem está pronta a lutar até o fim pela causa do amor.

Ele, um modelo de marido, profissional e filho de Deus. Um homem de valor, de valores raros, dignos de serem colocados num quadro, daqueles que traduzem a missão e a visão de um lugar. Que já passou por tudo um pouco, que já enfrentou de pouco um tudo, mas que já compreendeu que para ele não há nada mais inspirador do que servir a Deus e amar sua esposa. Um líder que não precisa gritar para ser ouvido, que transmite a calma de quem não precisa correr contra o vento, pois basta andar calmamente quando se conhece os atalhos.

Uma dupla que mesmo não sendo formada por pessoas perfeitas, com certeza vive o banquete da graça. E como os melhores banquetes, este é realizado à luz de velas. E como todo banquete à luz de velas, no melhor da noite surge o supremo momento: o brinde.

O brinde deste banquete de vez em quando estava em nossas reuniões. Sentadinha em sua cadeirinha, brincando de pintar e até assistindo a filme conosco, nos inspirando a sonhar com uma família de verdade.

Casal, essa é nossa forma de homenagem a vocês. Obrigado por ter nos ensinado tanto, sem que precisássemos retribuir à altura. Obrigado pelas sobremesas e pelos lanches, pelos bombons, pelas balas, pelas pipocas, pelas tardes de vídeo-game, pelas palavras, pelos vídeos, pelas dinâmicas, pelos incentivos, pelas chamadas mais fortes e necessárias que recebemos ao pé do ouvido...

Obrigado por vocês.

Bem, agora resta perguntar: quem somos nós a partir de hoje à noite? Manteremos nossos sagrados encontros, mesmo que não sejam semanais e mesmo que não sejam nas sextas à noite? Nós mesmos responderemos a essas perguntas. O certo é que saímos daqui muito melhor preparados para a nova vida que se iniciará quando naquele dia dissermos “Sim” e “Sim”. E se não pessoas melhores, certamente seres mais amados, mais queridos, mais cuidados e menos sós. E com mais doze amigos.

Bem, só por isso, já teria tudo valido a pena...

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

ASSIM NA TERRA COMO NO CÉU

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“Como devo orar?” Quem já não pensou assim? Bem, antes mesmo de você ter pensado em perguntar, Jesus Cristo respondeu a essa pergunta, de forma objetiva: “Orai deste modo: Pai nosso que estás nos céus, santificado seja o teu nome, venha o teu reino, seja feita a tua vontade, assim na Terra como no céu...

Uma curiosidade na “reza” que aprendemos: Por que Jesus nos estimula a pedir a Deus que a vontade do próprio Deus seja feita da Terra, assim como é feita no céu? Porque para que a vontade de Deus seja feita na Terra, é necessário que nós também queiramos.

Logo no Éden, Deus nos deu algumas diretrizes da vida na Terra...

VEJA O TEXTO COMPLETO NO OPOVO ONLINE:

http://blog.opovo.com.br/cotidianoefe/assim-na-terra-como-no-ceu/

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

TÃO SÓ UMA FRASE - PARTE 12

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“A noite fria me ensinou a amar mais o meu dia e pela dor eu descobri o poder da alegria e a certeza de que tenho coisas novas, coisas novas pra dizer.”

Antonio Carlos Belchior, em Fotografia 3x4.

STEVE JOBS E OITO REFLEXÕES URGENTES

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Steve Jobs é a mais brilhante mente da informática no mundo. É “o cara” da Apple, simplesmente a segunda maior empresa do mundo. Mais: é o idealizador e inventor do mundo de computadores portáteis (pessoais), o criador da Pixar (a maior empresa de animação por computação gráfica do mundo, além de... (haja mundo!)

Sem mais delongas, assista aos dois vídeos, que são sua fala aos formandos de Stanford, em 2005. Abaixo, algumas reflexões sobre suas palavras:

1. Uma vida que tem tudo para dar errado pode dar certo. Não descarte ninguém ou determine destinos, mesmo que a tragédia de uma pessoa tenha se iniciado em seu próprio nascimento. O começo de uma vida nem sempre determina seu final. Creia na possibilidade da transformação. Dizem que pau que nasce torto morre torto. Mas você não é pau. É gente, de carne e osso.

2. Nem sempre o caminho óbvio é o mais coerente; nem sempre é o que se deve seguir. Na verdade, “arriscar é não arriscar”. Ou seja: arriscar é a única forma de não correr o risco de ter passado pela vida simplesmente por passar. Apenas arriscando se pode descortinar, descobrir, inventar e, principalmente, se reinventar. Se você faz as mesmas coisas todos os dias, tenha a certeza de que obterá, todos os dias, os mesmo resultados.

Convivendo com uma cientista, não canso de dizer: “quanto mais vezes seus experimentos derem errado, mais perto você estará do acerto, do novo, do improvável, do inimaginável, daquilo que ninguém ainda não pensou, daquilo para o qual todos um dia olharão e dirão: ‘porque eu não pensei nisso antes?”. Gênios nada mais são que indivíduos teimosos. Uma atitude passiva em relação à vida só resulta em uma resposta passiva da vida em relação a nós.

3. Se você quiser fazer diferente, pagará o preço por isso. Talvez você tenha que dormir no chão por algum tempo ou matar a fome em algum templo Hare Krishna, para um dia ter um chão seguro para pisar ou ter plenas condições de matar a sua fome e de muitas outras pessoas.

4. Deus não desperdiça sofrimento. A dor é a mola-mestra do crescimento, ou dos grandes saltos de nossas vidas. Obviamente, esse salto só acontecerá se nossa atitude em relação à aflição for de aprendizado, e não de derrotismo ou murmuração.

5. Todo conhecimento, ainda que aparentemente inútil, pode vir a ser a grande diferença em algum ponto de sua vida. Uma cadeira sonolenta na faculdade, uma pessoa chata que você conheceu, um ônibus errado que você pegou... Um dia a vida te surpreende e o que você menos valoriza pode salvar a sua pele! Já passou por algo parecido?

6. Talvez tudo o que você precise hoje, para crescer, é ser derrotado. Talvez seja necessário que você conheça a vergonha do fracasso, para que comece do zero um outro projeto, uma outra história mais excelente. Se você, infelizmente, nunca vir a beijar o pó da derrota, trilhará até o fim da vida o mesmo caminho, que hoje talvez não seja muito mais do que medíocre.

7. Ouvi um especialista em Recursos Humanos, de uma multinacional, dizer que gastamos 80% de nosso tempo tentando melhorar aquilo que não sabemos fazer. Trata-se de um desperdício de tempo. Este tempo deveria ser gasto exatamente com o que sabemos fazer bem e, principalmente, gostamos de fazer. Só assim seremos excelentes e, melhor ainda, satisfeitos. Por exemplo: pode um pavão subir em uma árvore? Sim, se este pavão for, desde pequeno, treinado para isso e ainda tratar-se de uma árvore pequena e de preferência com degraus. Mas que grande perda de tempo treinar um pavão para subir em árvores!

Que tal treiná-lo para ser um top-model entre as aves? Ele adoraria desfilar suas plumas coloridas para a bicharada! E já que se precisa de um animal para subir em árvores, não seria melhor contratar um macaco? Resumindo: Faça como Steve Jobs: encontre o que gosta de fazer e sabe fazer. E faça! Bem! Se você for um pavão, não passe a vida tentando subir em árvores. Se for um macaco, não passe a vida treinando para ser modelo, pois não há nada mais feio do que um macaco andando.

8. A saga humana em busca da estabilidade, em todos os sentidos, nos levou a criar símbolos aos quais nos apegamos por acreditar estarem neles os sinais de uma vida feliz e equilibrada. Uma casa própria, um bom carro, uma boa reputação social... Mas estes elementos, em verdade, não nos trazem a segurança que gostaríamos. Afinal, basta que o resultado daquele exame temível se volte contra você.... ou que a solidão o abale de maneira brutal... Então, o que representará a casa, o carro e a reputação?

Até mesmo a aparência de pessoa equilibrada e bem-resolvida, que costumamos lutar para manter, é uma tentativa de se adequar às regras sociais para não sermos considerados “loucos”. A quebra de qualquer dessas convenções, mesmo que isso não signifique fazer mal a si mesmo ou a alguém poderá significar para o meio que nos cerca um sinal de inadequação ou loucura. Tememos ser considerados inadequados. Por isso, não nos expressamos como gostaríamos, não compramos o carro da cor que realmente desejamos e não exercemos nossas paixões.

Que a certeza da brevidade da vida nos encoraje a não perdermos nossas esperanças, a não desperdiçarmos nossos sofrimentos e derrotas, a buscarmos salvações mesmo em meio a inutilidades, a rejeitarmos a mediocridade do óbvio, a pagarmos o preço da teimosia e da genialidade, a nos encontrarmos enquanto seres únicos e incomparáveis, a desejarmos esfomeadamante a excelência, no pouco ou muito tempo que nos resta, e que nos constranja a sermos quem sempre tivemos vontade de ser, mas sempre deixamos para um tal depois.

“Mantenha-se com Fome. Mantenha-se Tolo”.

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

OS NORDESTINOS EXISTEM. PACIÊNCIA...

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Manifestação de uma eleitora, muito provavelmente do Sudeste,  após o resultado das eleições de ontem, em que o Nordeste teve papel decisivo.

O que significa algo: pode ser que os desvalidos nordestinos não signifiquem muita coisa para determinado tipo de gente, mas POBRE TEM VOZ.

Para quem não aceita essa realidade, paciência...

terça-feira, 26 de outubro de 2010

MALA FALHA. MALA CHEIA?

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Um homem conhecido e reconhecido como um referencial para esta geração, entre cristãos e não cristãos, líder de um público fiel de milhões de pessoas.

Como pôde pôr em cima da mesa sua reputação, passado, credibilidade, discurso e o peso de sua palavra em prol de uma campanha política? Qualquer que fosse o partido: vermelho, azul, verde, amarelo... seria igualmente vergonhoso, não haveria justificativa. Não há argumento no campo da ética, bom-senso e licitude que justifique uma postura assim.

Como se pode conceber a união entre a história deste orador evangélico e a de um partido político?

Mas o pior de tudo é que o homem de paletó está, no imaginário popular – principalmente o evangélico, reconhecidamente um dos mais manobráveis - umbilicalmente ligado à Palavra de Deus.

Aqui está o grave erro. Um jogador de futebol, ao fazer campanha para um candidato, estaria levando consigo para a TV a imagem do esporte e de seu clube. Já um pastor carrega a imagem de sua igreja e, principalmente, da Palavra de Deus. 

Ainda que o homem de terno não quisesse, ele não poderia fazer campanha sem que sua imagem estivesse implicitamente atrelada à Palavra de Deus. É impossível dissociar estes dois elementos. Isto se chama responsabilidade.  Ser responsável com a imagem que carrega. Isso é o que o homem de roupa importada não fez.

E ninguém, absolutamente ninguém, poderia sequer pensar no disparate de utilizar a Palavra de Deus para ganhar votos para quem quer que seja.

O que o palestrante está fazendo nada mais é do que um golpe político de baixíssimo nível. Um expediente vergonhoso. Não porque um formador de opinião está pedindo votos para quem quer que seja, mas porque um formador de opinião cujo respaldo está em propagar a Palavra de Deus submeteu sua história e o que ele representa ao submundo da política e ao que ela é. E nós sabemos como ela é. O palestrante sabe como ela é.

Por que arriscar tudo o que este homem significa em nome de uma eleição? Aqui mora o perigo: na resposta a essa pergunta.

O que lhe ofereceram em troca deste apoio vexatório? (...) Sei que sua mente voou longe neste instante.  A minha também. E a do homem engravatado mais ainda, no momento em que essa lamentável aliança foi formada, em alguma mesa de negociações instalada no centro do poder político de nosso país.

Em mesas idênticas a essa, mudando apenas o formato – redonda ou retangular – e o aperitivo - café, vinho ou champagne – são negociados os conchavos políticos, mais ou menos deploráveis, as divisões de cargos, as trocas de influência, as propinas...

Sobre essas mesmas mesas é que as malas do poder são abarrotadas.

“Viajei”? Você sabe que não.

Cabe, sim, o protesto, mas não para condenar, e sim para chamar a atenção: “Aquele, pois, que cuida estar em pé, olhe não caia” (I Co 10:12)

A Mala Falha. Mas quem não falha, nesta ou naquela área, em maior ou menor grau? No mesmo instante, a cada vez que nos nossos auditórios, por trás de um microfone, se levantar uma voz, não custa lembrar de Jesus: “sejam prudentes como as serpentes e simples como as pombas”. (Mt 10:16). Não fomos chamados para sermos seguidores de homens, mas do Filho do Homem.

sábado, 23 de outubro de 2010

DILMA CONTRA AS LEIS DA NATUREZA

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Obs, leitores: mudei o texto em relação à postagem original. No terceiro parágrafo, excluí a palavra "ruim", que não cabia para todos os itens por ela adjetivados. De coração, perdoem-me pela palavra mal-utilizada.
Abraço e paz!

Antes de tudo, um aviso: esta postagem não trata de política, mas de coisa mais profunda. OK?

Imaginemos agora que razoável parte do que se tem comentado sobre a candidata Dilma “do Chefe”, à boca miúda e à boca escancarada, seja verdade. Ela então não se trata de um ser humano qualquer. É um ninja, um power ranger, um andróide ou um x-men (“men” no bom sentido, é claro!), quem sabe...

Dilma, assim, contraria todas as leis da natureza e das ciências humanas e empíricas. Não há possibilidade de uma pessoa ser tanta coisa ao mesmo tempo: atéia perseguidora de deístas, agnóstica destruidora de religiosos, bruxa, desestabilizadora de lares felizes, satanista, fedorenta, mal-amada, mal-mandada, libertina, ditadora, vilipendiadora de cadáveres, assaltante de bancos, seqüestradora, matadora de criancinhas, torturadora, sapatão, nepotista, ladra, terrorista, falida, burra,...

"Espiritualmente" falando, Dilma também seria um fenômeno “nunca visto na história desse país”, pois o inferno teria que mobilizar todos os "diabinhos" apenas para auxiliá-la a fazer todo o mal que, em tese, pratica e planeja, o que deixaria o resto do mundo "desguarnecido" de maldade.

A verdade é que a petista passa longe de ser "D"eus, "d"eus ou coisa sequer parecida, mas, francamente, também passa longe de ser o diabo.

Cristãos (e não cristãos), se parece ser tão difícil desenvolver um senso crítico típico de um homem de mentalidade média e fugir da sina que carregamos, de massa de manobra facilmente manejável por qualquer um que empunhe um microfone e vista um paletó, pelo menos façamos o esforço de dar, a quem quer que seja, o benefício da dúvida. Que tal antes checar profundamente as informações?

Avançando mais um pouco, façamos o esforço de raciocinar segundo o sistema de leis que nos rege, segundo o qual “ninguém é culpado, antes que o avesso se comprove”

Progredindo um pouco mais, finalmente, nos espelhemos no Mestre da paz, da misericórdia e da bondade, que não dá crédito às acusações que são feitas contra nós, seus filhos, e não espalha pelo céu as fofocas que são feitas a nosso respeito. Ao contrário, Ele olha com olhos de crença e amor. Pra mim, pra você, pro Serra...

E, acredite, até pra Dilma!

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

TÃO SÓ UMA FRASE (PARTE 11)

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"O Brasil é uma bibicleta sem corrente"

A Essência da Coisa

terça-feira, 19 de outubro de 2010

ANDANDO SOBRE AS ÁGUAS

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Na falta de fé, às vezes o medo resolve!

PÁTRIA AMADA (a cada quatro anos) BRASIL

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De quatro em quatro anos, certo povo do sul da América lembra de onde nasceu. No ano de eleições para presidente do país, a decisão mais importante de uma pátria. Sim, mas por mera coincidência. 

No ano de um torneio esportivo. Sim, este é o motivo. Durante doze meses? Não. Apenas enquanto um grupo de 23 atletas permanece disputando seus jogos.

Neste ano, o patriotismo nacional durou exatos 16 dias, 21 horas e 30 minutos (o tempo em que a seleção permaneceu na Copa do Mundo). As bandeiras verde-amarelas já foram guardadas, para que daqui a quatro anos o mofo lhes seja tirado. Uma tosse, dois espirros e... “Brasil sil sil” de novo.

Nossos 7 de setembro são muito comemorados. Porque são feriados! E antes que alguém diga que esse tipo de comemoração é mera herança de uma ditadura, observe os 4 de julho nos EUA e os 5 de julho em Sobral (rsrsrs)!

Não fomos educados a nos amarmos enquanto nação? Os mandatários da pátria não nos dão exemplo de brasilidade? Muitas são as versões que tentarão explicar nossa falta de patriotismo.

O fato é que esse “vazio cívico” nos faz muito mal. Faz-nos ver sempre o que vem de fora como melhor, sem que seja dada possibilidade ao “produto” brasileiro de se explicar. Até os bandidos dos outros são melhores que os nossos. Repare (para não ir tão longe) na forma como o patrimônio público no Chile, Uruguai e Argentina são preservados. Onde estão os pichadores “hermanos”?

Por que os catadores de lixo de nossa madrugada mais sujam as calçadas que recolhem produtos recicláveis? (O antipatriotismo entre os pobres)

Por que anteontem vi uma embalagem de biscoito voando para fora de uma Hilux? (O antipatriotismo entre os ricos)

Por que há algum tempo assisti a um gari varrer uma calçada no centro de Fortaleza e, em seguida, consumir um bombom e jogar na rua, bem ao lado se sua lata de lixo? (O antipatriotismo no seio do serviço público)

Por que nossos políticos fazem de nosso dinheiro papel higiênico, sujando-o em suas cuecas? (O mais puro antipatriotismo)

A frase “Não tem problema não. Isso não é e ninguém. É público” é emblemática. Se é público, deveríamos cuidar com extremo carinho (porque é nosso) e com absoluta responsabilidade (porque é e mais 192.924.525 pessoas).

Não são muitas as exceções de patriotismo brasileiro. Elas apenas confirmam a regra. Doe saber da forma como votamos: no(a) mais charmoso(a), naquele que anda de jet ski, naquele que me deu uma dentadura, um saco de grãos ou dez reais.

Doe ver uma mídia brasileira que estimula no cenário internacional nossa imagem como um povo sensual (imoral), libertino, preguiçoso, malandro e trapaceiro (vide o “jeitinho brasileiro). Que vende uma cultura musical que se manifesta em uma verdadeira apologia à prostituição (inclusive infantil) e à desestruturação de tudo o que se possa entender como “família”. 

De saber que os cafajestes do mundo inteiro, com a ajuda de brasileiros, folheiam seus catálogos de crimes e sublinham o nome “Brasil”: o lugar perfeito para se exportar amas e drogas. O país ideal para se importar mulheres e órgãos infantis.

Saber que isso também acontece na Etiópia, Angola e Quênia não consola.

E por falar em estrangeiros, os heróis de nossa pátria são da estirpe daquele que pisou em um holandês no chão, no último jogo do Brasil na África do Sul e quase não lembram mais como se fala português. Moram na Europa há anos. Reúnem-se de quatro em quatro anos para jogar uma copa. 

E nossos políticos, que deveriam ser nossos heróis? Melhor mudar de assunto e encerrar o texto.

Mas, antes disso, uma pergunta: Onde está aquela bandeira que você empunhou em dias de jogos do Brasil em junho? Já está enrolada e guardada?

domingo, 10 de outubro de 2010

UM SPAM QUE VALE A PENA

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Quase não leio emails em massa. Mas este que me chegou, achei singelo, simples. E como dificilmente algo simples não é bonito, este, além de bonito, é extremamente útil. Reflita com carinho:


Havia um rei que não acreditava na bondade de Deus. Ele tinha um servo que em muitas situações lhe dizia: “Meu rei, não desanime porque tudo que Deus faz é perfeito, Ele não erra!"

Um dia, eles saíram para caçar e uma fera atacou o rei. O servo conseguiu matar o animal, mas não pôde evitar que sua majestade perdesse um dedo da mão.

Furioso, o nobre disse: “Deus é bom? Se Ele fosse bom, eu não teria sido atacado e perdido meu dedo”.

O servo respondeu: “Meu rei, apesar de todas essas coisas, só posso dizer-lhe que Deus é bom; Ele sabe o porquê de todas as coisas. O que Deus faz é perfeito. Ele nunca erra!”

Indignado com a resposta, o rei mandou prender o seu servo. Tempos depois, saiu para outra caçada e foi capturado por selvagens que faziam sacrifícios humanos.

Já no altar, prontos para sacrificar o nobre, os selvagens perceberam que a vítima não tinha um dos dedos e soltaram-no, pois ele não era perfeito para ser oferecido aos deuses.

Voltando para o palácio, mandou soltar o servo e recebeu-o afetuosamente. “Meu caro, Deus foi realmente bom comigo! Escapei de ser sacrificado pelos selvagens, justamente por não ter um dedo! Mas tenho uma dúvida: Se Deus é tão bom, por que permitiu que você, que tanto o defende, fosse preso?”.

“Meu rei, se eu tivesse ido com o senhor nessa caçada, teria sido sacrificado em seu lugar, pois não me falta dedo algum. Por isso, lembre-se: tudo o que Deus faz é perfeito”.


Amigo leitor, tenho que me lembrar, todos os dias: nenhum fio cai de minha cabeça sem que Ele saiba. É assim com você também. Pode ter certeza. Faça o possível e entregue a Ele o que foge do seu controle. Isso se chama fé.

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

UM "ALÔ"

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Passando por aqui pra agradecer a todos que têm me perguntado "Cadê as postagens?", "Tô sentindo falta...", "Escreve sobre isso..."

Estou meio aperreado com o tempo, mas não esqueci o blog nem vocês, estimados leitores e seguidores! Aguardem, pos vêm novas postagens por aqui, no Cotidiano e Fé e em outra novidade que depois eu explico melhor!!


Abração, de coração!

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

QUEM SABE ASSIM...

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A diferença é que não dá pra usar o slogan "Pior do quenão fica".

terça-feira, 21 de setembro de 2010

PARA ALÉM DO PAPEL E CANETA

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***Publicado no blog Las Palabras***

"Eduque a criança no caminho em que deve andar, e até o fim da vida não se  desviará dele". (Pv 22:6)

Em tempos nos quais se discute os rumos da Educação, gostaria de trazer à memória algumas questões hoje pouco discutidas (para alguns, já ultrapassadas), a fim de que, quem sabe, uma reflexão sobre elas nos faça entender melhor o papel do educador na formação de um povo.

Sem ousar ter a pretensão de dar “aula sobre ensino”, acredito, inicialmente, que certas profissões trazem em sua essência um princípio inegociável: seus militantes devem amar o que fazem e acreditar piamente em seu ofício. Uma delas é a Medicina. Imagine-se em uma mesa de cirurgia, nas mãos de um médico que não vê a hora de se livrar dos pacientes para ir embora mais cedo. A outra - em minha opinião, a mais relevante de todas - é a Educação.

Os danos causados por um “educador por falta de opção” não são tão perceptíveis quanto aqueles provocados por um médico não-vocacionado, mas, certamente, são mais graves. As marcas deixadas por um professor carrancudo e impiedoso se reproduzem por toda a vida da criança e do adolescente, traduzindo-se em aversão à escola e aos estudos. Este quadro, quase que invariavelmente, se refletirá, num futuro próximo, no incentivo (ou na falta dele) dado por estes estudantes a seus vindouros filhos.

Obviamente, o problema da Educação formal não se resume à falta de amor à causa de alguns educadores, mas certamente você se lembrará de algum professor que de tão “traumatizante” lhe causou uma “trava” com determinada matéria. Com a mesma intensidade, aqueles professores capazes de transmitir não apenas conteúdo, mas paixão por sua obra, são capazes de inspirarem seus pupilos a seguirem seus passos com denodo.

Precisamos, ainda, de educadores conscientes de que, mais que professores ou orientadores, são verdadeiras vitrines para cada educando.  À medida que a eficácia de nosso modelo educacional enquanto construtor de bons cidadãos têm sido questionada, cabe a cada educador cumprir o papel que livro algum poderia realizar: o de gerar vida para fora do papel e para além de canetas e lápis.

Refiro-me à necessidade de que cada educador seja um exemplo para cada aprendiz. O esvaziamento dos discursos oficiais, positivistas e religiosos, na tentativa de resgatar nossa juventude, apenas pode ser vencido pelo exemplo vivo. É urgente que nossos educadores encarnem na rotina de suas atividades o modelo de educação que sonham. Apenas assim, cumprindo sua parte com paixão, a despeito de os outros não cumprirem ou de não contarem com a estrutura organizacional desejada, poderão tornar em realidade o que fora apenas utopia.

Carecemos de pessoas que ensinem com atitudes, que sustentem de pé o que dizem sentadas. Que possam dizer: “olhe para mim e imite meu exemplo”. Que estejam comprometidas não apenas com aulas, mas com quem assiste a elas. Enquanto nossos infantes não enxergarem em seus ambientes societários, principalmente família e escola, exemplos reais de ética, caráter, fidelidade, honestidade, cidadania e amor às letras, quaisquer outros esforços neste sentido serão em vão.

Por fim, necessitamos de educadores que acreditem de verdade em seus alunos enquanto pessoas criadas e amadas por Deus. Que carreguem consigo a esperança de que seu trabalho é parte concreta do aperfeiçoamento de um ser humano. Que transmitam a seus pupilos o quanto vale a pena acreditar em um futuro melhor e investir em seus talentos. Educadores que acreditem na preservação da família, no resgate da sociedade e no valor único que cada indivíduo possui enquanto pessoa humana, independentemente de onde e como tenha nascido e simplesmente porque existe. Simplesmente. E ponto final.

Edilson de Holanda

sábado, 18 de setembro de 2010

MAX GEHRINGER E COMO CHEGAR AOS 100 ANOS

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Max Gehringer, especialista em mundo corporativo, responde a uma ouvinte que lhe escreveu o seguinte: 'Tenho uma vida pacata e sem ambições. Posso ser vista como uma pessoa acomodada?'

Não deixe de ouvir:

http://cbn.globoradio.globo.com/comentaristas/max-gehringer/2010/07/08/TENHO-UMA-VIDA-PACATA-E-SEM-AMBICOES-POSSO-SER-VISTA-COMO-ACOMODADA.htm

Reveja suas prioridades, seus alvos e pense se sua correria, todo o seu investimento de tempo, dinheiro e renúncias têm valido a pena. Para onde você está indo? Seu estilo de vida “fast-food, fast-love, fast-god, fast-all” está mesmo lhe fazendo feliz? Não estará, por acaso, entupindo suas artérias físicas, emocionais e espirituais?

Você está plantando para colher a partir de quando? Pelas suas contas, começará a ser feliz a partir de quando? De que data? A partir da chegada de que pessoa em sua vida? A partir da compra de que carro confortável? A partir de que renda mensal?

Tem valido a pena o suor que tem derramado? Onde você tem acumulado rugas: na testa (de preocupações) ou nas bochechas (de sorrisos)?

Domingo passado, estive visitando uma lenda: Chico Sá (foto acima), um senhorzinho aqui de Fortaleza que completou 95 anos. Mais de 30 netos e setenta bisnetos. Um velhinho feliz. Aliás, velhinho é ofensa para ele. Completamente lúcido, de memória invejável e cheio de esperança. Já está planejando sua festa de 100 anos! 

Sem apegos bobos (destes que costumamos acumular durante a vida), sem aquele ranço que os mais idosos costumam ter diante de coisas novas. Sem lamentos ou murmúrios. Apenas prazer de viver e palavras de estímulo aos mais novos. Isso não significa que ele não sofreu na vida, mas que sabe conviver com cem anos de lutas e dar um baile da mediocridade.

E entendi um pouco da receita dessa longevidade saudável: Chico Sá é um homem “relax”. Não guarda mágoas de ninguém, não deseja mal a ninguém. Já perdoou muito, por isso tem um coração curado (em todos os sentidos). Isso faz bem à saúde emocional e evita transtornos psicossomáticos, que são responsáveis por inúmeras doenças (cardiovasculares, neurológicas etc).

O Seu Chico me disse: “Meu filho, tudo que eu preciso, eu tenho. Meus netos gostam de mim. Hoje eles vieram à minha casa, jogaram bola e eu disse: podem brincar, podem quebrar tudo porque isso aqui é de vocês... Comida não falta na minha mesa, graças a Deus. Eu tenho três pares de sandália e quatro de sapato. Faço minha caminhada e agora vou tomar banho de sol. E agora você ma dá licença que eu vou tomar banho, pra vestir minha roupa nova, passar meu perfume e ir à igreja.”

Acho que se Max Gehringer conhecesse a história do seu Chico, contaria à sua ouvinte, lhe estimulando a seguir contente, a despeito dos que lhe pressionam a correr mais que o vento. 

Já eu, se pudesse, diria à ouvinte do Max que muitos dos seus colegas de trabalho que hoje lutam desesperadamente para terem mansões com dez banheiros cada, quando finalmente conquistarem seus objetivos infelizmente estarão fazendo suas necessidades nas calças.

Não sei bem quantos banheiros tem a casa do seu Chico Sá, mas afirmo sem medo de errar que ele, à beira de um século de vida, abre sua janela todos os dias, toma um longo fôlego e diz: "Blá!"

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

"ÓBVIO" DO DIA

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"Nova lei converte o agravo de instrumento interposto contra decisão que não admite recurso extraordinário ou especial em agravo nos próprios autos". 

É a lei n. 12.322, de 9 de setembro de 2010. Agora, apenas por curiosidade, gostaria de ver o Lula explicando a notícia. Afinal, ele assinou. Sancionou a lei. Com certeza, rolaria algo como: 

"Companheiros, estou convencido de que nunca antes na história desse país o povo converteu tanto agravo nem comeu tão bem no almoço, na merenda e na janta. Essa é uma conquista histórica. O agravo nos próprios autos é como o time de pelada lá do bairro jogando em casa fazer um gol de bicicleta no último minuto e depois sair correndo pra comemorar com a torcida..."

INTELECTUALÓIDES...

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Dificilmente você verá um intelectualóide sozinho. Atrás de um "intelectual da inutilidade", sempre há uma fila de seguidores. 

Legenda: 

“Intelectualóide: indivíduo que se julga dotado de vasta cultura (ou inebriado com algo parecido) que elabora, sistematicamente, perguntas e questionamentos de pseudo-complexidade, usando palavras menos utilizadas no cotidiano, através da busca incessante de um tema obscuro, capaz de tornar complexo algo simples, de forma a confundir outras pessoas. Deseja demonstrar ser um verdadeiro intelectual e angariar admiradores, através da composição de explicações tumultuadas, sem sentido e inúteis. 

Inspirado em http://is.gd/dkn3f. Adaptado por A Essência da Coisa. 

Aqui uma musica que retrata um Intelectualóide. Ele é chamado de "Kid Cultura".

Você conhece um? Compartilhe comigo...

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Por Edilson de Holanda