De tão branco aos holofotes
Teu descer cada degrau
Toda a luz, pois, deu-me o mote
“Hei cantar-te” em teu sarau
A palidez, santa espera
Pôs-me em pé, em desatino
Enquanto a luz, a noite dera
Velava os sonhos, eu menino
Uma cor que te define
União de todas mais
A pureza que retine
Branco em tanto faz-me em paz
O que anela a tal brancura?
Sentimento incolor?
Decisão que em mim perdura
Para sempre, esse amor
Reinventas, pois, a Língua
Clareando enquanto penso
Se meu verbo fica à míngua
Tua “branqueza” já invento
Se'strela em lume tem clareza
Branco em pó que despedaça
Tu reúnes a beleza
Faz cristal, me deixa em graça
Clara em neve tinge o prisma
Pigmentos de princesa
Um fascínio e uma cisma:
De qual reino tal beleza?
No arco-íris, pote em ouro
Quem mais rico que o amor?
Resplandece esse tesouro
Faz louvar o teu Cultor
Coloristes de inocência
Alma sã em efusão
Como brado em confidência
“Eu te amo” em oração
Alva, pele, musa em prosa
Do escritor toma a retina
Empunha a pena impetuosa
Tece um poema e assina
2 comentários:
Simplesmente lindo!
Parabéns pela poesia.
Paz do Sr.!
Anna Karolina Viana
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