quarta-feira, 23 de maio de 2007

TEOLOGIA RELACIONAL: ENTENDA, REFLITA E CONCLUA

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1 - PARA LER ESTE TEXTO...
Peço encarecidamente que você leia o texto por completo, para que não conclua precipitadamente e para que entenda com clareza a opinião emitida por este que vos escreve.

O meio evangélico arde em meio a um acalorado debate, acerca daquilo que considero um novo modo de ver e entender Deus: a Teologia Relacional (TR). Frente ao tenso e delicado momento vivido pelos “gospel”, pretendo alcançar dois objetivos [... ... ...]
O primeiro é informar meu leitor sobre este movimento, mostrando suas principais idéias e atitudes, oferecendo subsídios para uma reflexão mais equilibrada sobre o assunto. É óbvio que não exaurirei todos os detalhes possíveis, até porque é preciso que se entenda ser a TR um caminho ainda em construção, embora com bases claras. São estas o motivo de nossa discussão.

O segundo é produzir um texto que exponha a TR como ela é. Percebo que as publicações de internet sobre o assunto são em muitos casos tendenciosas, tanto adicionando conteúdos à TR que não são dela, como aproveitando o ensejo para elaborar conclusões precipitadas ou notadamente ilógicas. Para não ser arrastado pelo mesmo erro, tive o extremo cuidado de não acrescer palavras às idéias do “pensamento relacional”. Os termos que a seguir não são idênticos, possuem sentido extremamente próximo daqueles empregados pela TR. Em alguns momentos, preferi amenizar o que pode parecer “impactante”, porém sem perder a essência do pensamento, na ânsia de não ser injusto.

Como fonte principal, cito o sítio virtual pessoal do líder evangélico Ricardo Gondim, que pode ser lido por todos. Trata-se da principal referência nacional no assunto. Ele mesmo, em um de seus textos, revela ter sido o autor do termo “Teologia Relacional”. Outro esclarecimento deve ser feito: os defensores da TR afirmam não ser ela o mesmo que o Teísmo Aberto, movimento mais antigo e quem muitos igualam à TR.

ATENÇÃO: Os pensamentos da TR, a seguir, estão marcados de vermelho. Tudo o que não estiver marcado com essa cor são posicionamentos e questionamentos deste blogueiro, que espero sejam enriquecidos com seus comentários, caro leitor.


2 - O QUE PENSA A TEOLOGIA RELACIONAL

Amor, Liberdade e Onipotência
Deus é amor. Por amar ao Homem e para com ele se relacionar, Deus “desceu e desce um ou alguns degraus” de sua onipotência para proporcionar à sua criatura plena liberdade para assim escolher como viver, inclusive dedicando-se ou não ao seu criador. Deus, assim, anula-se em seus atributos de poder absoluto, pois o amor, sua principal marca, para existir em plenitude, não coexiste com a onipotência. Ou seja: alguém que é onipotente não pode ao mesmo tempo amar em plenitude, pois uma característica excluiria a outra. Sobre a justiça de Deus, é de sua essência que o amor realize a justiça. Ou seja: a justiça de Deus revela-se no amor.

Deus e o Tempo
Só há amor com liberdade. Se Deus nos ama, nos criou e deseja relacionar-se conosco, é certo que também nos proporcionou liberdade. Essa liberdade faculta ao Homem escolher ou não andar junto a Deus. O sistema de vida em que estamos, portanto, está em plena construção. Deus se enquadra no tempo. Ele tem passado, presente e futuro, como todos os seres. Não é atemporal e não observa a contagem do tempo de um prisma superior.

Deus, seus Propósitos e o Futuro
O futuro é uma possibilidade que passa também pelas livres mãos humanas. O futuro não existe. Está para ser construído. Deus, então, não conhece o futuro, por ele inexistir. Nem mesmo o pecado de Adão e Eva ele previu, ao criá-los. Se Deus conhecesse o futuro, então estaria brincando conosco ao pedir que oremos e clamemos, quando Ele mesmo já sabe que resultados nossas súplicas terão e como aquela situação findará. Estamos sujeitos inclusive ao acaso, como qualquer ser humano temente ou não a Deus, pois o sistema “mundo” em que nos inserimos reserva surpresas, alegrias e tragédias para todos, indistintamente. É a lei da vida, a que todos se submetem.

Deus, assim, não tem planos para detalhes de nossa vida profissional, sentimental, familiar ou espiritual. Lembre-se de que Ele não sabe o que acontecerá. O futuro é uma construção que depende também do Homem. Deus tem propósitos, desejos para o ser humano, e não um mapa ou um “rolo da história”. Caso o Homem não queira, estes desejos não se cumprirão quanto ao que depender da escolha humana.

Deus e seus Sentimentos
Mais uma conclusão: Deus se frustra ao não ver seus filhos seguirem seus conselhos. A idéia de que Deus fez o Homem à sua imagem e semelhança aqui ganha força, pois Deus, assim como nós, tem sentimentos de alegria, frustração, ciúme, dentre outros. Lembre-se de que ele assumiu estes atributos e abriu mão, neste sentido, da plenitude de seu trono celeste para estar em posição igual à nossa e nos encarar olho a olho, como em qualquer relacionamento sincero e equilibrado, sem hierarquias e autoritarismo. O exemplo cabal disso é Jesus, que desceu a Terra e foi um homem comum dentre os outros de sua nação.

A intervenção de Deus na História
Para manter a liberdade na Terra, Deus criou o mundo de forma que em nem tudo ele pode intervir. Se pudesse intervir em tudo, negaria a liberdade, que negaria o amor, que negaria ao ser humano o livre-arbítrio, o que transformaria o Homem em uma marionete. Por que marionete? Porque pensa o Homem que é livre para amar a Deus, mas não é. Seria, na verdade conduzido a agir de tal ou qual forma, segundo as intervenções de Deus no curso normal da História.

Outro assunto pertinente é a possibilidade de intervenção de Deus nas tragédias humanas. Que pai, amando um filho e tendo condições de salvá-lo de um Tsunami, não o faria? Nenhum. Então, ou Deus deixa que tragédias aconteçam por não ser bom ou é bom, mas infelizmente não poderia fazer nada, ou seja, está de mãos atadas quando do acontecimento de infelicidades assim. Esta última opção é a correta para a TR. Deus se compadece mais do que todos diante de tal sofrimento. Sofre porque ama, mas não poderia intervir.

A Fragilidade de Deus
Está, pois, equivocada a imagem de um Deus inabalável. Deus é frágil, como qualquer ser que sofre de amor e sonha com a felicidade do(a) amado(a). Sofre e chora com a dor do Homem. Deseja que o Homem corra para seus braços, como um pai que espera o filho voltar para casa, mas não usa de artifícios escusos para persuadi-lo e atingir seus propósitos. Não manipula o ser humano através de terrorismos psicológicos (do tipo “Sou sua única saída. Venha para mim ou irá para o inferno”).

Deus também não proporciona sofrimentos. Não existe a chamada “vontade permissiva” de Deus, em que ele permitiria que acontecessem eventos desagradáveis aos seus filhos, com o intuito de lhes ensinar algo. Crer assim seria quase considerar que Deus tem prazer em ver o sofrimento humano, chegando a permitir inclusive mortes, para dar exemplos e ensinar lições.

A Oração
Sendo assim, a oração não é um instrumento para se buscar benefícios de Deus, mas um meio para se aprofundar a intimidade com Ele.

A Ausência de Deus
Como qualquer ser relacional, Deus por vezes se ausenta. Em muitos momentos, o homem tem que se conformar, tanto com a impossibilidade do agir de Deus como com sua ausência. Isso faz parte do espaço concedido ao homem para ser livre.

Deus não preenche todos os espaços. Não pode nos preencher completamente, como diz o chavão evangélico. A explicação: um relacionamento em que um preenche completamente o outro não é dotado de liberdade, mas de dominação. Deus afasta-se porque em muitos momentos sua ausência é salutar para o relacionamento com o Homem. Trocando em miúdos, o homem tende a crescer ao compreender este espaço para a liberdade, experimentando o que expressamente se chama “viver como se Deus não existisse”. Faço questão de que você, após ler este texto, veja o inteiro teor deste link: http://www.ricardogondim.com.br/Artigos/artigos.info.asp?tp=61&sg=0&id=1323

3 – REFLEXÕES DESTE CRISTÃO
Essas idéias podem causar diferentes reações, dependendo da maturidade de quem lê, de seus credos e da disposição de se duvidar de verdades consideradas inamovíveis ou pelo menos discutir aquilo que antes era indiscutível.

Acredito que onde não existe espaço para dúvidas e questionamentos, também não há para crescimento. Devido a crenças engessadas e obediências cegas a diretrizes humanas que se escoram em pretensos direcionamentos divinos, muito temos perdido quanto ao crescimento no conhecimento de Deus e intimidade com Ele.

Com isso, passo a refletir:

Rompimentos com a “Fé Tradicional”
Muitas “afirmações relacionais” significam um rompimento com alguns alicerces da “fé protestante tradicional”. Por isso, crer ou não em determinados tópicos significará diferenças decisivas para a fé de cada indivíduo. O próprio Ricardo Gondim em seu texto “Teologia Relacional - Que bicho é esse?” afirma: “O texto é longo e pode fazer mal à sua religião! – quer enfrentar?” Não pretendo criar terrorismos, mas deixar claro e patente que se tratam de pensamentos impactantes, decisivos quanto à forma de ver Deus e manifestar a crença nEle.

A Onipotência e a Perfeição de Deus
Teremos que admitir que Deus não conhece tudo? Isso é mais que estranho. Teríamos que abandonar a certeza de que Ele é onisciente? Como administraríamos ainda a certeza de que Ele é onipotente e onipresente? E os inúmeros textos bíblicos que explicitam estes atributos de Deus?

Se Deus, como nós, tem um leque de emoções e atitudes, ele erra? Os planos de Deus podem ser frustrados? Ele muda? Ele aprende? E as narrativas bíblicas sobre a inerrrância de Deus? Atente para este texto bíblico de NM 23:19: “Deus não é homem, para que minta; nem filho do homem, para que se arrependa; porventura diria ele, e não o faria? Ou falaria, e não o confirmaria?”. Estude o contexto e verá que o versículo destacado “diz exatamente o que quer dizer”, ou seja, não necessita de uma interpretação extensiva ou restritiva para que suas palavras sejam entendidas.

Deus, seus Propósitos e o Futuro
Deus não tem mesmo planos para a nossa vida em seus vários aspectos? Ele não conhece mesmo o futuro? Como então se explicam as profecias e revelações apocalípticas, se o futuro não existe? As revelações bíblicas mostram inclusive como o Homem agirá no fim dos tempos, por exemplo. Se o futuro é desconhecido por ser uma criação que depende do ser humano, como pode a Bíblia já abordar estes assuntos?

A Oração e a Intervenção de Deus na História
Se Deus não tem o poder de intervir em qualquer situação, não faz sentido orar pedindo para que ele nos socorra. Pois não saberemos se naquela situação ele pode ou não agir. Deveríamos então antes orar para saber dele se pode ou não intervir? Ou não deveríamos mais pedir nada a ele, visto que o objetivo da oração é a intimidade, e não o pedido de realização de desejos? Mas se o fizermos, como saberemos se Deus naquele momento está ausente ou presente para nos ouvir? Chegaríamos ao absurdo de “marcar uma hora” para pedir, sabendo que naquele momento ele se encontra? Essa situação não causa mais incerteza do que apenas crer que Deus tem desígnios que simplesmente não entendemos? Entendo que, no dia em que entendermos Deus completamente, neste dia seremos o próprio Deus, o que não é razoável pensar. Pelo que crê a TR, como conheceremos a medida da intervenção divina? Até que ponto ele poderia intervir? Como se explicariam os milagres? Seriam situações em que Deus não interviria normalmente, mas que resolveria agir excepcionalmente?

A Presença de Deus e a Esperança

Temos crido que a mais preciosa certeza do ser humano é a de que Deus está com ele. Por isso bradamos: “Ainda que eu ande pelo vale da sombra da morte não temerei mal nenhum, porque tu estás comigo; o teu bordão e o teu cajado e consolam” (SL 23:4). E mais: “A minha graça te basta, porque o meu poder se aperfeiçoa na fraqueza...” (2 CO 12:9). Ou seja: ainda que o ser humano esteja desprovido de qualquer certeza ou bem, saberá que Deus e sua graça ali estarão. Perderemos a certeza de que Deus está sempre conosco, já que ele se ausenta? Estava o salmista errado ao escrever sobre a certeza da presença de Deus? O próprio Cristo assegurou a seus discípulos: “Eis que estarei convosco todos os dias, até a consumação dos séculos”

O desenrolar deste raciocínio da TR levaria a situações antes impensadas: À beira da morte, um doente ouve de seu conselheiro: “Seja otimista, mas saiba: pode ser que Deus não esteja com você. Se estiver, pode ser que Ele não possa fazer nada”. Retiraremos a esperança daquele que apenas a ela se agarra? Se Deus é amor, como todos concordamos, creio que ele não retiraria, em última análise, a esperança da pérola de sua criação: o ser humano.Vejo que à medida que seguimos neste raciocínio, encontraremos um homem cada vez mais independente de Deus e, por conseguinte, distante dEle.

Os Rituais Evangélicos
Se as idéias relacionalistas forem aceitas, as instituições religiosas que a adotarem, para manterem-se coerentes, terão que mudar o conteúdo de alguns rituais. Não poderão, por exemplo, elaborar programações que dêem como certas determinadas vitórias, muito menos milagres, em vista da imponderabilidade da atuação de Deus. As músicas entoadas atualmente terão que ser revistas, pois a todo momento dão como certos milagres, bênçãos, além de demonstrarem um Deus absoluto, supremo em poder. Esse tipo de coerência será praticada?

A Liberdade
Tradicionalmente, cremos que o Homem é livre para escolher seguir ou não a Deus. Mas também compreendemos que aproximar-se de Deus cada vez mais, ser dependente dele e sermos cheios de seu amor é justamente escolher o lado bom dessa liberdade. Essa compreensão parece não se adequar à TR, pois ela compreende inclusive ser salutar em alguns momento que Deus se afaste, o que a meu ver aproxima-se da idéia de independência do Homem em relação ao Criador. Não posso compreender como a ausência de Deus, mesmo que momentânea, possa contribuir para a felicidade humana. Muito menos posso compreender que Deus tenha elaborado essa tese. Continuo acreditando que “Liberdade é a chance que temos de escolher nossas próprias algemas”. A frase é dura, mas resume bem o que considero razoável. Ninguém é totalmente livre. Estamos umbilicalmente ligados a questões biológicas, sociais, psicológicas, dentre outras, que determinam em que parâmetros se dará nosso pensamento, que alcance terão nossas abstrações. Não escolhemos, desde o dia em que nascemos, que fatores contribuirão para a formação de nosso intelecto. Não me diga que um príncipe inglês protestante tem o mesmo padrão de liberdade que um pobre garoto muçulmano. Assim, quando racionalmente escolhemos por onde seguir, podemos falar em “liberdade”, embora muito limitada. Acredito que em Deus o Homem encontra a fonte de seu total suprimento. Não temos a real necessidade de nos sentirmos absolutamente livres (inclusive de Deus). Não vejo como um acinte à liberdade o fato de sermos dependentes de Deus. Somos limitados. Existem necessidades em nós que apenas aquele que nos criou conhece. Liberdade e dependência em relação a Deus são conceitos e realidades que não se repelem.

Deus e os nossos pensamentos
Raciocine comigo: Para que haja um relacionamento com liberdade entre as partes, é necessário também liberdade para pensar. Se um conhece os pensamentos do outro, é impossível haver livre expressão. Sendo assim, Deus não conhece nossos pensamentos, em atendimento ao princípio da liberdade? O salmista se equivocara ao dizer: “Senhor, tu me sondas e conheces (...) de longe penetras meus pensamentos (...) ainda a palavra não me chegou à boca e tu já conheces”? (SL 139:3). Não seria mais plausível entender que nem tudo de Deus pode o Homem entender, ao invés de, por não conseguirmos esmiúça-lo por completo e a seus desígnios, divaguemos em teorias sobre ele?

Os limites da Filosofia
Um dos mais sérios riscos que o Homem corre é o de tentar humanizar Deus, pois na medida em que atribuímos a Ele características nossas, tendemos a também nos decepcionar com Ele, o que não é incomum quanto a seres humanos.
Outro limite a ser observado está entre a filosofia, a teologia e a fé. Devemos mesmo levar as conjecturas filosóficas até as últimas conseqüências? A teologia é bem vinda em todos os momentos, mesmo que ela se oponha às nossas experiências com Deus ou ao que temos visto e ouvido acerca dEle? Temo que tantas divagações e “descobertas” sobre Deus reflitam apenas a distância entre o Homem e a Palavra que nos foi legada. Que representem os cada vez mais raros momentos de intimidade com Deus, ao passo em que se cresce a passos largos apenas na literatura, poesia, dentre outras manifestações da alma, embora em si maravilhosas.

Será que o fato de pensarmos ser Deus dotado de uma ou outra forma de existência fará com que Ele se adapte ao nosso conceito? Lembro-me da passagem de Êxodo (EX 3:14), em que Moisés, temeroso em guiar o povo de Israel, perguntou a Deus seu nome, para que dissesse ao povo sob que autoridade poderiam avançar. Deus lhe disse o seguinte: “EU SOU O QUE SOU (...) Assim dirá aos filhos de Israel: EU SOU me enviou a vós outros”. Deus É. Simplesmente É. Nós, seres humanos, somos um “sendo”. Não estamos prontos. A cada dia aprendemos e desaprendemos, de modo que estamos em constante processo de mudança. Mas Deus É. Não é um ser em construção ou em aprendizado, muito menos sujeito ao tempo. Ele é o próprio SER que em nós, seres “sendo”, reflete raios de sua glória.

Deus e o Tempo
Tudo o que está sujeito ao tempo tem um início. Pense um pouco e você não conseguirá imaginar um ser que está no tempo e não foi gerado, inventado. Se Deus estivesse sujeito ao tempo, não seria eterno. No máximo, seria infinito. Deus então, não é eterno? Quem o teria criado? Quanto tempo ele teria de existência? Um devaneio ainda maior: Ele se auto-inventou? E o que fazia ele antes de se auto-inventar? Não concebo a idéia de Deus sem que Ele seja eterno, atemporal.

A Bíblia
Acredito que há uma busca desmedida por conhecer o que um ou outro escritor ou conferencista pensa. Falta-nos buscar na fonte inerrante: a Bíblia. Falta-nos conhecimento da Palavra. Tão mais fácil seria decifrar determinados enigmas se fôssemos como os crentes de Beréia, citados em Atos, os quais examinavam nas Escrituras cada palavra dita por Paulo e Silas, verificando sua veracidade. Mas, infelizmente, preferimos absorver conteúdos prontos e não questioná-los ou compará-los à Revelação Divina.

Conclusão
As reflexões acima não têm a presunção de pôr um ponto final no assunto, porém tentam ser um desenrolar lógico à base do que crê a TR. Exclamo que a terceira parte deste texto é formada de pontuações minhas, sob as óticas que já explanei. Pondero que alguns pensamentos deste movimento são razoáveis e de certa maneira acrescentam-nos conteúdo e ferramentas para desenvolver uma fé mais responsável e uma atitude de busca de Deus pelo que Ele é, estando em segundo plano o que ele poderia utilitariamente nos oferecer.

Porém, desenvolver significativas teses deste movimento e aplicá-las ao dia-a-dia da fé é às vezes impraticável e, outras, desaconselhável, sob pena de forçadamente desconsiderarmos marcantes experiências vividas com Deus ou atribuí-las a outros elementos, como o nosso psique, além de colocarmos em cheque a própria fé inabalável em um Deus digno de uma fé inabalável. Se continuarmos a tentar desenvolver alguns pensamentos da TR, procurando exemplos práticos, veremos que muitos de seus argumentos se confrontam ou confrontam a razão e a Bíblia. Deixo, assim, aberto o espaço para comentários do leitor, agradecendo pela paciência de ter chegado até o fim e esperando ter de alguma forma contribuído com este debate.

21 comentários:

Anônimo disse...

Edilson, muito obrigado pelo tempo gasto em introduzir o assunto e compartilhar conosco sua perspectiva. Porém, tenho alguns problemas com alguns de seus pontos, não tanto por falhas na própria argumentação, mas por omissão de detalhes da teologia relacional (provavelmente não intencional) que convenientemente facilitou o seu trabalho. Portanto, aí vão os pontos que na minha visão apresentam esse problema.

1. TR vs. Teísmo Aberto. Uma pesquisa rápida na internet me levou a concluir que teologia relacional e teísmo aberto são sinônimos. Se isso não for verdade, não vejo sentido no fato de essas supostas distintas teologias serem tão semelhantes, mas nos pontos mais controversos, a TR ter optado pelos argumentos mais fracos. Portanto, me baseio no teísmo aberto para os pontos seguintes.

2. Futuro. Você cita apocalipse como se a TR defendesse que Deus é ignorante inclusive ao que vai fazer. Ora, se eu como humano tenho a certeza que no proximo minuto vou estar digitando nesse computador, Deus também sabe as coisas que vão acontecer que serão causadas por Ele, em sua soberania. Esse tipo de futuro-causado por Deus- é obviamente conhecido por Ele, segundo a TR.

3. Tempo. Você afirma que Deus, pelo fato de hoje ser temporal, obrigatoriamente deve ter tido um início. Isso não é o que TR defende. A TR afirma que Deus ao criar o homem, escolheu se limitar ao tempo, como a única maneira de se comunicar com o homem que é temporal. Portanto, antes de criar o homem, Deus sempre existiu. Como isso se deu, é um assunto para um outro debate.

4. Pensamentos. Está claro no texto que as premissas mencionadas sobre o pensamento são suas e não da TR (Para se ter liberdade é preciso liberdade de pensamento e se um conhece os pensamentos do outro, este não é livre). Não vejo isso como um desenrolar lógico de qualquer parte da TR. Mesmo assim, não concordo com as premissas, porque você está confundindo os termos liberdade com privacidade. O fato de você poder pensar em secreto, não significa que você é mais livre do que se todos os seus pensamentos fossem públicos. Seria uma vida infernal, sim, mas isso de nenhuma maneira afetaria sua liberdade, mas a sua privacidade.

5. Filosofia e telogia. Não vejo você questionar os limites da filosofia e teologia no teísmo clássico, doutrina a qual todos tradicionalmente acreditamos, e que foi baseada em extensos concílios e disputas filosóficas, justamente pelo fato de que a bíblia não é clara com relação a uma série de assuntos. Por exemplo, a trindade da maneira como aprendemos nas igrejas, não foi retirada da bíblia, mas foi uma solução teológico-filosófica em resposta ao aparente politeísmo encontrado no cristianismo.

Portanto, caro Edílson, tenho convicção que de que os pontos acima mencionados são defendidos pelo teísmo aberto, o qual tenho quase certeza de que é sinônimo de teologia relacional. Mas, posso estar errado. Se sim, você ja apresentou os os principais problemas dessa teologia relacional, e portanto para mim essa doutrina ja estaria descartada. Porém, se eu estiver certo e não for tão simples refutar a TR/TA, devemos continuar esse processo de aprendizado sobre essa doutrina, e tentar identificar seus verdadeiros problemas, caso existam, para que qualquer conclusão seja encontrada com segurança e convicção.

Um grande abraço

Anônimo disse...

Simplismente Deus é Onisciente(sabe de todas as Coisas)INCLUSIVE O FUTURO seria um pensamento caivinista se pensarmos que as profecias foram pre-determinadas a acontecerem mais sim aconteceram por que Deus já sabia que aconteceria (pois ANTES MESMO DA PALAVRA CHEGAR A MINHA BOCA O SENHOR JÁ SABE E ATÉ MESMO OS FIS DE CABELO QUE TEMOS..., Entedelo nao nos cabe periodicamente mais sim aceita-lo

Edilson de Holanda disse...

Caro Felipe,

Saudades! Satisfação por ver você passando aqui no blog. Respondendo:

1.Vejo que a distinção entre TA e TR foi importante para seus comentários. Expliquei no texto que a TR está em construção. Inclusive muitos nem chamam de “teologia”, mas de “caminhos, tendências”. Denominou-se “teologia” talvez por falta de uma nomenclatura que ganhasse força. O próprio Ricardo Gondim cunhou esse termo. Também disse que os próprios defensores da TR não a igualam ao TA. Asseguro-lhe isso. Inclusive Ricardo Gondim deixa isso claro no quinto parágrafo do texto que está neste link: http://www.ricardogondim.com.br/Artigos/artigos.info.asp?tp=61&sg=0&id=1417.

Uma visão rápida nos fará enxergar as duas correntes como semelhantes. Aliás, não tenho subsídios suficientes para traçar uma correta distinção entre TA e TR, porque este ponto para o objetivo do texto não me pareceu importante e, portanto, não pesquisei a fundo. Preocupei-me em destacar o que com certeza pensa a TR como base e em lançar alguns questionamentos meus. Aliás, a TR tende a crescer em clareza com o tempo. Por isso apenas divulguei aquilo que tenho certeza em pertencer à TR. Portanto, afirmo que as duas não são iguais principalmente pelo fato de os defensores da TR dizerem que não são iguais. Imagino que não haveria razão para negar uma igualdade de pensamentos. Minha postura neste ponto destaca que me preocupei em ouvir o que a TR diz e comentar a respeito do que ela diz,e não do que dizem que ela é ou com o que se parece. Até porque o TA tem influência maior nos EUA, e não aqui.


2. Quanto ao futuro, a TR realmente prega que Deus sabe o que vai fazer, como qualquer ser racional planeja. O que você talvez não tenha entendido é o argumento que lancei. Disse que o Apocalipse trata não apenas de como Deus vai agir, mas também prevê como os homens vão agir no fim dos tempos, ou seja, prevê acontecimentos que dependem também da escolha do ser humano. Assim, o livro mostra que Deus conhece fatos que acontecerão e que dependem sim do Homem. Então Ele conhece o futuro. Trata-se de um pequeno exemplo. A Bíblia está repleta de profecias que não são apenas anúncios de ações futuras de Deus, mas anúncios de como o Homem agirá no futuro.

3. Quanto ao tempo, deixei claro que as conclusões em cor branca são minhas e não as atribuo à TR. Entendo que sua explicação é coerente dentro da lógica da TR. Para mim, parece mais que estranho, pois entendo que é perfeitamente viável que Deus, sendo atemporal, eterno e superior ao tempo, mantenha conosco uma relação íntima e pessoal, comunicando-se conosco. Sabemos que eterno é o que não tem fim nem início. Não vejo explicação plausível para uma possível auto-limitação de Deus. Ao contrário: a Bíblia está repleta de referência aos atributos soberanos e únicos de Deus, como você sabe. Será que Deus, sendo soberano como é, não seria capaz de comunicar-se com o ser humano sem limitar-se? Se não fosse capaz, aí então ele não teria todo o poder.

4. Quanto aos pensamentos, também deixei claro que a opinião sobre liberdade de pensamento é uma conclusão minha. Não citei em vermelho alusão da TR sobre isso. O que ela diz é que Deus, por prezar um relacionamento livre, dá espaço ao Homem para agir, fazer escolhas. Quando falei sobre o fato de que Deus então não conheceria nossos pensamentos, enfatizei que ninguém tinha afirmado isso, mas que seria um desenvolvimento lógico do que a TR pensa. Eu, como qualquer pessoa, poderia chegar a essa conclusão a partir dos pressupostos que citei em vermelho. Mas é claro que pode haver raciocínios diferentes e respeito a sua opinião. Mas entendo que não há liberdade sem privacidade. A privacidade faz parte do espaço que um ser humano precisa para ser ele mesmo, tomar decisões. Isso, em um namoro, casamento, relacionamento entre amigos etc. Sob a ótica relacional, penso que deveria haver sim uma privacidade como base para um a liberdade de pensamento e de ações. Agora: é uma idéia absurda, mas ao meu ver deriva logicamente da TR. Tão absurda que você, embora simpatizante de algumas idéias do TA (me corrija se eu estiver errado), também não aceita, embora para mim esta conclusão sobre nossos pensamentos não seja a mais impressionante derivação lógica da TR. Mas reitero: respeito seu ponto de vista, inclusive se considerar lógicos outros argumentos...



5. Não questiono no texto “os limites da filosofia e teologia no teísmo clássico” simplesmente porque o tema do texto não o abarca. Os dados que você citou são inclusive históricos, e poderíamos acrescentar inúmeros outros, que dariam conta de que a “teologia clássica” (TC) possui lacunas. Não afirmo no texto que a teologia clássica é o “último biscoito do pacote”. Todos temos restrições e dúvidas quanto a ela. Você, que me conhece pessoalmente, sabe que não sou um cético defensor da TC. Por outro lado, também não demonizo a TR no texto. Ela não foi criada por anticristos ou pessoas mal-intencionadas. São apenas pensamentos frutos de abstrações humanas a respeito de Deus, e por isso mesmo merecem ser comentadas e podem ser questionadas. É isso o que faço na publicação.

Nenhuma teologia é capaz de desvendar todos os detalhes que envolvem Deus, nem mesmo os que envolvem a Bíblia. Deus é soberano, altíssimo e está cima de nossos conceitos. Por isso mesmo acredito que, por não aceitar nossa limitação em relação a Deus, a TR se precipita. Por exemplo: por não entender como acontecem as tragédias sem que Deus nelas intervenha, conclui que ele não seria capaz de evitá-las. É salutar que questionemos, raciocinemos, mas não podemos querer que Deus se adeque ao que entendemos como coerente, simplesmente porque pensamos que assim parece ser mais justo. Não são nossas idéias de justiça e amor que regem o mundo. Não vejo problemas em um dia chegarmos à presença do Pai sem entendermos todos os porquês da vida terrena, inclusive as tragédias. Aliás, a fé se baseia no que não se vê, embora se espere. Não é demais suportar as interrogações de nossa mente com a firme fé em um Deus sabedor de todas as coisas.

Assim, meu grande amigo, encerro agradecendo demais por sua colaboração. Realmente não tenho a intenção de exaurir o tema, e nem o poderia, como já disse. Mas pretendo suscitar o debate. Me coloco aberto a contribuições quanto a este assunto. Estou em pleno processo de aprendizado e acredito que temos sim que divulgar nossas dúvidas e explicar nossas certezas. O espaço está aberto e sua postagem acrescentou muito, pode ter certeza. Convido-o a conhecer os outros texto e comentar também.

Abraço!!!

Unknown disse...

Se pudêssemos entender Deus, então não seria Deus e sim apenas uma criação do homem.

Ricardo Facó disse...

Edílson, eu realmente admiro muito você e sua exatidão. Nem sei tu lembra que eu ficava perguntando como tu elaborava as tuas reflexões pro MINA e tu dizia que simplismente lhe saltava aos olhos. Você é muito sábio!
Infelizmente não tenho o tempo necessário pra escrever tudo que me veio a cabeça quando li o seu texto. Mas queria que quando a gente se encontrasse nos próximos dias(espero) pudéssemos tocar em alguns assuntos porque pelo que eu observei, salvo se você tiver outras fontes, parece que nos dois lemos o mesmo site inteiro e tiramos conclusões diferentes. A mim parece só que são modos diferentes de ver a coisa. Mas eu não posso afirmar com certeza. O fato é que eu estou oouvindo o que eles dizem a respeito e tentando ver aonde tudo se encaixa sem fugir da Bíblia. Gostyaria de arrazoar contigo um dia desses topas??? ABração amigão!!!

Edilson de Holanda disse...

Claro, Teo.
Obrigado por ter passado por aqui! Parabéns pela iniciativa do seu blog. Nós temos realmente que produzir! Vou entrar em contato pra gente conversar.

Abração, meu amigo!

Edilson de Holanda disse...

Publico aqui o comentário de Moisés Loureiro, postado neste blog com referência ao texto: "SOBRE SIMÕES, CRISTOS E O SUCESSO" no link https://www.blogger.com/comment.g?blogID=3461834229505202656&postID=2799640276100975179


"Deus e o Tempo
Moisés L. Gomes
http://merapalavra.blogspot.com/

O HOMEM NÃO É TOTALMENTE LIVRE, mas também não é manipulado por Deus.
Digo que o Homem não é totalmente livre, pois ele escolhe aquilo que lhe é tendencioso e psiquicamente, direcionado. O homem é preso em si e entre si.

Deus não age em relação ao homem tendo que antes esperar o que o homem escolherá. Deus não espera, pois Ele está acima da dimensão temporal. “Esperar”, implica em duração, passado, presente e futuro. Mas Deus está acima do tempo. Nós temos a sensação de que Deus está esperando, mas é porque estamos dentro do tempo e por isso as coisas de Deus acontecem gradativamente, mas isto é uma sensação humana.
Ex: Deus mudando a minha realidade, Deus me livrando, Deus me ajudando, Deus intervindo, Deus me poupando segundo o meu arrependimento, Deus se alegrando comigo e Deus se entristecendo comigo. Tudo isto que acontece. Pra nós, é gradativo, pra Deus, é simultâneo - Tudo acaba em harmonia!

Duas coisas que não acontecem:
- Deus “esperar”, literalmente e em seu estado pleno, pra realizar algo;
- Deus não tem nada a esperar porque Ele determinou o que o homem há de escolher.

Esses dois pensamentos colocam Deus dentro do tempo com “suas malas e cuias”!
“Nós escolhemos, então Deus entra em ação”…Só que na verdade, quem esperou foi o Homem e não Deus, pois Deus não está condicionado ao tempo. Ou seja, o que acontece é que enquanto estamos escolhendo, na verdade já está tudo realizado, não porque Deus determinou, mas porque Ele está fora do tempo. É como se num estado presente, Deus “esperasse” o homem fazer sua escolha e com esta escolha, se for o caso, emergir com uma providência divina, por exemplo.
Só que tudo isto acontece num “estado presente”. Incogniscibilidade de Deus!

Deus é Eterno. Ele não teve origem. O tempo não passa pra Ele, pois Ele está fora do tempo. Ao mesmo tempo em que ele se relaciona com o homem, nada disso é passado ou futuro e sim um fato presente muito loko!
Pra Deus deixar de “conhecer o futuro”, Ele não seria o “Deus que É”, e sim o “Deus sendo”!
Deus não manipula ninguém; Deus não é pego de surpresa; O homem não é livre. Ele tem a liberdade de se inclinar às suas prováveis obviedades.

Deus não passa a ser um manipulador por Ele conhecer os mínimos detalhes do nosso, passado, presente e futuro. Não o faz determinista. Não o exclui de ser relacionar a ponto de “chorar” ou “rir” com o Homem.
Conosco, as coisas acontecem sucessivamente. Com Ele, acontece simultaneamente.
Conosco, a árvore é plantada, regada e sucessivamente, a vemos crescer...
Com Deus, a árvore é plantada pelo Homem, regada pelo Homem e é vista, crescendo, de modo simultâneo (se perguntarmos “quando” isso acontece, já estamos perguntando errado, pois “quando”, refere-se à temporalidade.....).

Em nossa dimensão, (percepção através da linearidade ou aleatória do tempo) assimilamos Deus operando em sucessões...
(ex.: Cristo nasceu......cresceu....morreu....ressuscitou)

Mas, na inteireza de nosso grande Deus, Ele interfere de modo simultâneo (uso o termo simultaneidade, pois acho que é o termo que mais se aproxima quando tentamos falar em algo atemporal).

Ora, dito isto, nada é imaginativo. As coisas acontecem diferentes: Com o Homem é sucessivo! Com Deus é simultâneo!

Dentro do tempo, Deus "está" agindo. Na plenitude de Deus, nada é presente, passado ou futuro!

Loucuras de meu Deus!rs

A obviedade da sensação que temos de "Deus esperar" à nossa reação, não implica que Ele, também, esteja esperando na Eternidade, a minha decisão a ponto de não saber qual será a minha escolha...

O Homem escolhe. Deus já sabe. Com essa decisão humana, Ele "ri" ou "chora". Só que isso reflete-se sucessivamente em relação ao Homem e simultaneamente (ou algo parecido), na inteireza de Deus.

Deixemos a funcionalidade de Deus para Deus!

Senão ficaremos loucos!"


Obrigado pelo comentário, Moisés. Identifiquei-me com a essência do que você disse. Convido-o a conhecer os outros texto e a comentar também.

Cordialmente,

Edilson de Holanda

Pedro disse...

Oi Edilson,

Meu comentario esta em

http://www.orkut.com/CommMsgs.aspx?cmm=677601&tid=2533909749776093928&na=4

abraco

Pedro

Anônimo disse...

Acho q tendencias novas que surgem espontaneamente sempre merecem um olhar criterioso. Principalmente sob um a perspectiva bíblica. Limitar Deus e todos seus atributos aos nossos pensamentos, assim como tentar descrevê-lo em sua íntegra, revela uma certa arrogância ignorante de nossa parte. Deus em sua onipotência eh insondável, O conhecemos em parte provisoriamente até a glória. Boa abordagem a sua. Fico feliz por ter textos assim acessíveis que nos motivem a refletir.
Fique com Deus!

Anônimo disse...

Para Felipe Coelho,
Não te conheço, mas vejo que você escreve com a arrogância de quem pensa que sabe tudo.
Sou um defensor dessa "Teologia" Relacional, mas de forma alguma escrevo com a pretensão de depreciar o que o outro pensa a esse respeito. Você leu na internet, onde? Peço que se você não olhou o site do pr Ricardo, já mencionado acima pelo dono deste blog, para olhar e ver que claramente é descrita a diferença entre a TR e o Teismo aberto.
Argumentos fracos?! Faça-me o favor, não pensamos na TR como algo pronto, mas em processo. Contribua com críticas construtivas.
Penso que se você esta falando do teismo aberto deveria esperar qeu o Edílson escrevesse sobre este assunto para dar a sua opinião. Em fim, leve algo para sua vida... Arrogância não é nada bom!

Edílson
Admiro a sua iniciativa de expor neste blog o que pensa sobre a TR, não vou explicar com a arrogância do Felipe acima, que disse “Você cita apocalipse como se a TR defendesse que Deus é ignorante inclusive ao que vai fazer.” Mas devo lhe dizer que Deus não conhece o futuro que o homem vai construir, porque esse futuro está em processo, é você quem constrói, já o que é descrito em apocalipse são obras dEle, são coisas que Ele irá fazer a seu tempo, da mesma forma que o antigo testamento previa a vinda de um messias. Entende? Mas devo concordar com você que não é fácil pensar assim, muitas dúvidas surgem nesta hora, pelo menos para nós.
Acho que o Felipe não deve sofrer com isso não é?!
Não estou com muito tempo agora, mas depois trocaremos mais idéias.

S D G

Anônimo disse...

Felipe Coelho, meu querido, pesquise mais!!!

Anônimo disse...

Caro Marcelo,

Lamento o seu comentário. Nem tive a intenção de ser arrogante e nem acho que alguém pode dizer que existe arrogância no que escrevi. Por quatro motivos:

1.Começo meu comentário agradecendo ao Edílson pelo tempo que ele gastou em introduzir o assunto e apresentar suas opiniões.
2.Durante todo o texto menciono pontos específicos em que discordo e a razão pela qual discordo, sem nenhum ataque pessoal.
3.Finalizo até admitindo que posso estar errado e deixo a discussão aberta, justamente por não ter absoluta certeza de que TR e TA são sinônimos.
4.O principal: Sou um amigo pessoal do Edílson e o conheço a quase 10 anos. Fazemos parte de um mesmo grupo de discipulado, hoje separado pela distância, onde compartilhamos nossas vidas abertamente. Portanto ele me conhece e sabe de que meu objetivo foi simplesmente promover uma discussão construtiva com relação a este assunto.

Ao contrário de você, que começou com um ataque pessoal me chamando de arrogante, não apresentou razões encontradas no meu texto que prove seu ponto, e isso tudo sem me conhecer.

O feedback positivo do Edílson se prova em vários pontos de sua reposta ao meu comentário: “Satisfação por ver você passando aqui no blog.” “Assim, meu grande amigo, encerro agradecendo demais por sua colaboração... “...sua postagem acrescentou muito, pode ter certeza.”

Porém, Marcelo, você está certo quando diz que preciso pesquisar mais. É por isso que não me posicionei ainda se concordo ou não com a TR. É por isso que postei no blog do Edílson: Para questionar suas idéias e por acreditar que é preciso muita discussão e pesquisa para que se possa chegar a qualquer conclusão. Pesquisa que precisa ir além do site do nosso querido Pr. Ricardo Gondim. Portanto abaixo são os poucos sites que em que me baseei para expressar minha opinião. Não acredito que seja o suficiente, e desafio todos nós a não somente lermos sites, mas livros sobre o TR e sobre o teísmo aberto, que sendo ou não sendo sinônimo de TR, surgiu primeiro e representa a fundação dos pensamentos do nosso pastor.

Sites que tratam teísmo aberto e teologia relacional como sinônimos:
http://www.elnet.com.br/igreja_interna.php?materia=1464
http://www.teologiabrasileira.com.br/Materia.asp?MateriaID=140
http://www.cacp.org.br/heresias_americanas.htm

Sites sobre teísmo aberto:
http://www.opentheism.info/
http://www.allaboutgod.com/open-theism.htm
http://www.carm.org/open.htm

Que Deus o abençôe.

Edilson de Holanda disse...

Caros colaboradores,

Quero esclarecer alguns tópicos interessantes, com a certeza de que todos vocês, assim como eu, se interessam por este polêmico assunto, têm conteúdo a acrescentar e não estão interessados em demonstrar mais conhecimento do que o resto do mundo em determinados pontos.

Reafirmo o que já dito, e que é um princípio para este blog. Não tenho a mínima intenção de impor maneiras de pensar. Apenas gosto de escrever e de expor meus pontos de vista, e por que não, aquilo de que tenho certeza. Ao mesmo tempo, valorizo muito o debate de idéias e por isso mesmo aprecio tanto as contribuições dos leitores, mesmo que sejam contrárias às minhas. Coloco-me na posição de aprendiz da vida, das pessoas e de Deus e por isso mesmo cultivo princípios e certezas, os quais tenho o prazer de compartilhar com os que convivem comigo. Caminho, vivo, observo, sinto, desaprendo e aprendo todos os dias. Isso é ser humano e respirar o ar puro da possibilidade de estar certo ou errado, contanto que sempre disposto a acertar.

Quanto ao nosso tema, esclareço:
Parece-me realmente interessante uma pesquisa sobre o Teísmo Aberto (TA). Mais uma vez, esclareço que o tema do texto não foi especificamente este. Ao escrever sobre a Teologia Relacional (TR)e explicá-la, me prendi ao que ela diz. Isso me pareceu mais conveniente, para entendê-la, do que pesquisar outras doutrinas semelhantes. Isso mais facilmente possibilita que entendamos a natureza de seus pensamentos, ao invés de ler textos que já trazem no bojo da explicação os pontos de vista de quem escreve. É como quem conta uma história porque a viu na íntegra, ao contrário de quem ouviu alguém falar dela. Por isso a insistência com o blog de Ricardo Gondim.

Sigo a linha de, quanto a este tema, preferir falar dez palavras certas a cem duvidosas. É claro que isso não afasta outras pesquisas em sites, por exemplo, inclusive sobre o TA. Foi salutar a informação dos sites sobre este tema. São mais fontes de pesquisa. Quanto a livros, quem sabe um de nós escreverá uma obra específica e completa sobre a TR e que servirá de fonte para todos. Não temos ainda um lastro rico de publicações escritas tratando exatamente da TR.

O texto não esmiucia toda a TR e deixei isso claro, nem sendo essa minha pretensão. Mas reforço e continuo bem certo de que tudo o que escrevi em vermelho representa sim pensamentos da TR. Preferi não abordar outros posicionamentos que alguns críticos atribuem à TR, pois não achei nada escrito que provasse ser um pensamento dela. Ou seja: preferi abordar temas de que tenho certeza estarem bem colocados, ao invés de relatar uma série de possíveis “heresias” meramente especulativas.

Exatamente pelo fatos de eu não irresponsavelmente atribuir certas crenças à TR por questão de justiça e de ,portanto, não exaurir o tema, é que este espaço continua aberto a todas as opiniões, por mais diversas que sejam. Isso muito nos enriquece e vale para todos os textos. Com isso, estou certo de que alcanço os objetivos deste blog com referência a este tema: oferecer minha contribuição e abrir espaço para mais esclarecimentos, dúvidas e certezas de todos os interessados. Toco a bola do tema adiante...

Muito grato a todos !

Anônimo disse...

hahaha
Isso é uma piada é?!
Felipe continuo te classificando como arrogante!

Tatiejt disse...

Caro Marcelo, penso que este espaço não foi criado para ataques pessoais, mas sim para uma discussão sadia sobre um tema que, sinceramente, acho que todo mundo tem dúvidas, até os que "criaram"

Você diz que o Felipe foi arrogante... mas, mesmo que ele tenha sido, você não acha que ao se referir a ele dessa forma não te faz também um arrogante?! Pense bem!

Este espaço é muito bom para tirarmos nossas dúvidas e discutirmos sobre esse assunto, já conversei muito, li (com o Edílson) sobre isso mas muitas coisas ainda não consigo entender.

Já que você como diz ser um adepto dessa teologia, poderia contribuir muito mais se não perdesse seu tempo curto atacando as pessoas.

Vamos discutir sadiamente, ataques pessoais não levam a nada de produtivo.

(finalmente escrevi não é amor?!)

Edilson de Holanda disse...

Meus caros,

Tenho certeza de que a partir de agora vamos utilizar nossos espaços aqui apenas para a discussão relevante sobre o tema. É o que peço, sabendo que todos vão atender e que todos têm o que acrescentar!!!!

Grato a todos!!!

Anônimo disse...

primeiro foi o G12 agora esta TR onde vamos parar?

Anônimo disse...

tenho medo que meu Pastor coloque toda nossa igreja a perder com tanta filisofia e conhecimento que não nos tem lavado a nada infelismente ele não aprendeu com os erros dos outros que foram atraz de filosofias banais como G12 e agora defende com unhas e dentes esta tal de Teologia Relacional orem para que não venhamos a desfalecer
igreja Betesda -Maceió

Anônimo disse...

Na verdade eu acho uma vergonha, nossaS igrejaS cairem nessa de Teologia relacional: 1º não tem fundamento bíblico, (ele só se embasa em opniões de outros teólogos e nas suas próprias dúvidas) 2º Liberdade: quando colocamos o exemplo q foi escolhido Pelo XXX, ele esqueceu o seguinte: num relacionamento de amor, realmente existe liberdade, mas em seus limites, pois quem ama "NÃO ADULTERA" quando o homem sai dos preceitos de Deus ele não adultera com o mundo, então em todo relacionamento é assim
3º A palavra do Senhor diz que Deus é onipotente sim, diz q ele é oniciente sim e q é onipresente!
Mas vou lhe ser sincero! e decepcionante a falta de conhecimento bíblico de pastores q se deixam levar por seus achismos e seguem qualquer vento de doutrina, e na propria biblia fala isso sobre os ultimos dias, só espero q muitos não sejam pegos de surpresas, nas suas criações de um novo Deus!

Emannuel Fernandes disse...

Acho interessante a reavaliação dos pilares de nossa fé.
Estamos vivendo, bem ou mal, sobre pilares construídos por outros. Temos o direito de contestar, perguntar, olhar de forma diferente para aquilo que é importante para nós. Isso é uma questão de cuidado para conosco e com aqueles que são influênciados por nós. Entendo a visão do Gondim e seus papos cabeça com seu amigo engenheiro. Ele é referência para um rebanho inteiro. Ele tem a obrigação de reavaliar tudo o que prega e acredita. Justamente para não se tornar um pastor cego.
Admiro a honestidade dele, e concordo com a sua posição crítica em relação ao movimento evangélico que não está nada triunfante como dizem alguns.
A honestidade é amiga da verdade.

Anônimo disse...

Cara

Não me leva a mal, mas foi o maior desvio da Teologia Protestante que já vi em minha vida. Se vacilar acho que o maior desvio da doutrina cristã.

Não vou discutir se não vai levar uma eternidade, mas dá uma lida nos significados de "Sola Fide", "Sola Gratia", "Solus Christus", "Sola Scriptura", "Soli Deo Gloria".

Se sua intenção for criar um movimento prostante dentro de outro, desconsidere a mensagem.

[]'s

Por Edilson de Holanda