quinta-feira, 2 de setembro de 2010

MAU, ATÉ QUE SE PROVE O CONTRÁRIO. MAS QUEM É BOM?

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Me impressiona como tem tanta gente ruim no mundo. Você, certamente, conhece alguém que tem prazer em prejudicar os outros. Que parece ter fogo nos olhos. Que parece incapaz de agradecer por um favor. Que faz questão de entrar numa briga. Um tipo de gente que ficar perto provoca angústia. Alguém que, quando chega, parece que fecha o tempo, esfria a comida, suga o gás da coca-cola, embaça o vidro, murcha as flores, faz o cachorro latir, o gato fugir e os passarinhos pararem de cantar.

Êita! Esse tipo de indivíduo, invariavelmente, carrega grandes traumas, que o faz odiar o mundo e tudo o que esteja nele. Traumas físicos, emocionais... E que culpa temos de estar no mesmo mundo dessas "pessoas intragáveis"?

Perceba como as pessoas perderam o crédito, umas com as outras. Sabemos que, há algum tempo, os contratos eram celebrados sem a necessidade de cartórios, assinaturas ou documentos. Bastava a palavra de cada um, e negócio fechado!

Hoje, desconfiamos de todos. Andamos com medo nas ruas e evitamos qualquer contato com estranhos ou aprofundamento nos relacionamentos que já construímos, com receio de sermos enganados, traídos, tapeados.

Se no direito penal, todos são inocentes, até que se prove o contrário, na vida real, todos parecem ser desonestos, trapaceadores, verdadeiras ameaças, até que provem não ser.

Mas se chamamos determinados seres detestáveis de "maus", quem seria "bom"?

Cristo respondeu: “Não há bom senão um só, que é Deus” (Mt 19:17). Exatamente. Madeira que dá em Chico também dá em Francisco. Jesus acabou, há 2 milênios, com a tentativa de alguém se auto-denominar “bom”. Se não conseguimos cumprir toda a lei de Deus, então nos tornamos igualmente réus, a cada erro que cometemos (sejam pequenos ou grandes aos nossos olhos).

O pecado original, segundo a Bíblia. A natureza egoísta, segundo Hobbes. E, no mesmo saco de pecados (alguns mais, outros menos reprováveis socialmente), todos carecemos da graça de Deus que nos redime e, principalmente, promove em nós o sincero arrependimento e o exercício diário de se perguntar: como posso melhorar?

Mas apenas através dessa Graça somos capazes de remar na contramão de nossa natureza vingativa e "ensimesmada". Quanto aos indivíduos odiáveis que nos cercam, agora aguente: quem sabe você e eu não somos vistos da mesma forma por alguém?

Não há melhor resposta ao ódio que o amor. Isso mesmo. Ame quem lhe odeia. Seja forte o suficiente para dominar a si próprio e não virar a mão no rosto de quem lhe ofendeu, traiu, denegriu ou machucou. Missão tão impossível para você quanto para mim. Mas O Amor em nós pode.

Seja senhor de si o suficiente para entregar esse senhorio àquele que é O Amor e pode lhe fazer capaz de amar.

Vença o ódio e a indiferença sendo e fazendo diferente. A-M-E.

6 comentários:

Unknown disse...

Mamãe tinha me dito que eu era bom!

E esse tal de Jesus vem dizer que não... Haaa, ta bom, ta bom, poxa vida esse Jesus poderia até ter aliviado um pouco a barra neh?

Como vai ser de agora em diante para eu conseguir emprego... hehe...

abraços.. Deus cuide e lhe guarde meu irmão!!

Anônimo disse...

SENSACIONAL...que texto legal, espetacular...

Parabéns Dilson, gostei muito,q reflexão original e contextualizada com os dias de hoje;;;;

Marcelo

Fada do Mar Suave disse...

PASSARINHO


Eu sou livrinho.
Não um livro
pequeno,
mas um pequenino
menino:
- Livre.

Oswaldo Antônio Begiato

Um passeio mágico para colher a beleza de seu canto.
Com muito carinho da Fada do Mar Suave.

Unknown disse...

Muito bom Dilsis!! Passei aqui para ver o do intelectualóide (não consegui ouvir a música do "Arnaldo" hehe), mas gostei muito deste texto tb.
Me fez pensar em como é difícil ser bom nesse mundo tão complicado.
Que bom que Deus existe!

Edilson de Holanda disse...

Valeu, Marcelo e Tici...

(Zé) Cláudio Porto disse...

Meu irmão, tb não consegui ouvir a música da postagem intelectualóide. Do presente texto, além do qualificativo sensacional, diria o mesmo que o poeta: "é preciso amor pra poder pulsar".

Abraço do amigo de sempre!

Zé(Cláudio Porto)

Por Edilson de Holanda