quarta-feira, 24 de março de 2010

O HUMOR E UMA PITADA DE GENIALIDADE

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*Postagem com vídeo. Clique em "Mais informações"*

Qual a função do humor, senão quebrar o paradigma da seriedade carrancuda, desmoronar a antipatia e fazer da existência um momento risível?

O humor desfaz as estruturas da lógica. Através dele, se diz o que não se teria coragem, caso a vida não tivesse definitivamente expectativa alguma de ter graça.


Se a vida fosse um jogo de xadrez, lá estaria o humor a colocar o peão montado no cavalo, com o rei correndo atrás, enquanto o bispo ameaça se jogar da torre pra não ter que confessar a rainha! [... ... ...]


O humor “quebra o gelo” e constrói laços, contanto que não se prefira perder a piada ao amigo! O humor é tão necessário que, popularmente, “Graça” se confunde com “graça”.

Por isso é tão bom ouvir alguém dizer: “Só você pra me fazer rir numa hora dessas...”. Não por acaso D’us nos dotou de serotonina! E como que de graça, ninguém ensina ninguém a ser engraçado. Por isso é tão duro ver quem não é por natureza humorista querer ser.

O humor é uma forma de protesto. Contra aqueles que insistem em fazer da vida um tratado, que levam tudo a sério e não se permitem ser quem são (ou quem somos) em tantos momentos: ridículos (no melhor sentido do termo) e patéticos (num sentido melhor ainda!).

Arquétipos.

Através do humor, nos aceitamos bem melhor. Nossos defeitos, nossas falhas, nosso “’jeito desajeitado’ de não dar jeito pra tanta coisa na vida que não tem jeito mesmo!”. E isso é muito engraçado! Vivam os micos!

Afinal, vivo dizendo que “rio de mim primeiro, pra que ninguém tenha esse privilégio! Quem chegar depois, que se junte a mim!”. Eu, pelo menos, prefiro criar rugas nas bochechas que na testa. E você?

Sem mais conversa, aprecie a G-E-N-I-A-L-I-D-A-D-E de Chico Anísio. Nesse vídeo, o humor é um detalhe, é verdade, mas ninguém daria bola se o autor e intérprete não fosse Chico Anísio, humorista.

Depois de dar um show em matéria de interpretação da vida, na surpreendente forma e na sensibilidade do conteúdo, Chico recorre ao humor, que é uma forma de se sacudir a poeira, construir o contra-senso com a dura realidade apresentada no monólogo e evitar o choro.

Se bem que também não é tão difícil chorar de rir!

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Por Edilson de Holanda